quinta-feira, abril 25, 2024
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Combinação perigosa em Timóteo: ciclovia e via de trânsito rápido

Legislar e fiscalizar a aplicabilidade das leis cabe a Câmara de Vereadores de cada cidade. A Lei nº 12.587/2012, que tem como objetivos melhorar a acessibilidade e a mobilidade das pessoas nos municípios, entrou em vigor em 2012 e até hoje a população ainda vive situações desta natureza.

TIMÓTEO – A ciclovia que liga os Bairros Cruzeirinho e Santa Maria, até a altura da Capela Velório do cemitério Jardim da Saudade, é um verdadeiro atestado de ignorância do Departamento de Trânsito da Prefeitura de Timóteo. No local mencionado, está patente o risco de atropelamentos dos ciclistas, já que a via se mostra de transito rápido.

O ciclista após dividir espaço com os carros, entra no pedaço de ciclovia que o levará até o Bairro Cruzeirinho, onde a ciclovia acaba novamente.

O pedaço de ciclovia que termina onde o local é de extremo perigo, até o momento, não recebeu uma  ciclofaixa para que o ciclista venha atravessar a pista de rolamento com uma margem de segurança, e sequenciar a sua viagem no sentido regional Leste.

Aqui o ciclista trafega por um trilho ao lado da pista. Um desequilíbrio pode ser fatal.

Marcos Luiz Vidal, pintor, disse que passa no trecho todos os dias. Ele trabalha em Timóteo e reside em Coronel Fabriciano. Segundo ele, o trecho de ciclovia a partir do Bairro Cruzeirinho é bem seguro. Quando chega próximo ao cemitério é um “Deus que nos ajude”. “Os nossos governantes não cuidam da segurança do povo. Isto aqui é um perigo que está na cara de todos”, reclamou o pintor.

Neste ponto da pista os ciclistas fazem uma travessia perigosa para seguir viagem rumo a regional Leste.

Maria Simone Peixoto, doméstica, trabalha no Bairro Alegre e reside no Bairro Primavera. Ela considera que Timóteo não dedica atenção ao que se chama de mobilidade urbana. “No trabalho eu fico imaginando o meu deslocamento. Tenho muito medo de ser atropelada. As nossas ciclovias começa sem começar e termina sem terminar”, criticou.

Jorge Vinicius, estudante, disse que a situação no local indicado é o que ele chama de “sem lógica”. A ciclovia se perde no momento em que o ciclista mais precisa dela. “Às vezes para atravessar a pista, no horário de maior fluxo de veículos, gastamos mais de 10 minutos”, contou o estudante.

INTERVENÇÃO SIMPLES

O engenheiro de trânsito aposentado, Marcos Costa Silva, disse que quando as ciclovias com dois sentidos de tráfego são adjacentes à rodovia, podem surgir alguns problemas operacionais. Ele considera o trecho indicado na reportagem de extremo perigo e que merece uma intervenção simples para equacionar o tamanho do problema. “Para diminuir o perigo, basta que a Prefeitura faça a ligação dos dois lados da ciclovia com uma ciclofaixa ou o modelo de passagem elevada devidamente sinalizada  e regulamentada para o trânsito local”, colaborou.

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