sábado, abril 27, 2024
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Qual é a realidade das pessoas em condição de rua na sua cidade? | Fabriciano responde com diagnóstico

FABRICIANO – Qual é a realidade das pessoas em condição de rua na sua cidade? Coronel Fabriciano, já tem esta resposta. Foi apresentado nesta terça-feira, dia 30 de agosto, para autoridades e representantes da sociedade, o 1º Diagnóstico Situacional das Pessoas em Situação de Rua. Um documento real e inovador que mostra em dados como vivem, o que querem e de onde vieram as pessoas em situação de rua na cidade.

A pesquisa, contou com a parceria de estagiários do Centro Universitário Unileste e Faculdade Pitágoras, levou três meses e servirá de parâmetro para as políticas públicas municipais não apenas no âmbito da assistência social, mas também nas áreas da educação, saúde, planejamento urbano e obras. As informações estarão disponíveis para estudos e tomadas de decisão.


“A metodologia usada foi de questionário semi-estruturado em abordagem presencial contendo 64 questões”.


Segundo o diagnóstico, Coronel Fabriciano possui 93 pessoas em situação de rua. Todas estão cadastradas pelo serviço público.

Das 93 pessoas identificadas, 83 foram localizadas pelos pesquisadores.

·         38 responderam ao questionário

·         45 não quiseram responder

Dentre as revelações da pesquisa, alguns dados chamam a atenção:

·         Dos 38 entrevistados, 14 são naturais de Coronel Fabriciano

·         10,5% estão na cidade há menos de 1 ano

·         83% tem entre 20 e 59 anos

·         73,7% se considera parda ou preta

·         71,1% sabe ler e escrever e mais de 13% conclui o ensino médio.

A pesquisa também abordou necessidades básicas das pessoas em situação de rua, como onde e quando se alimentam, se conseguem água para beber e como fazem suas higienes pessoais. Se já teve problemas de saúde, se fuma ou já fumou e se já passou pelo sistema prisional.

Outro dado importante revelado pela pesquisa diz que 68,4% já trabalhou com carteira assinada e que mais de 31% ainda faz bicos para sobreviver. Questões de gênero, sexualidade, comportamento sexual e uso de drogas também foram abordadas.

Com o documento em mãos, a Secretária de Governança de Assistência Social, Letícia Godinho, acredita ter condições de planejar ações de médio e longo prazo. “São dados muito importantes que refletem os efeitos da pandemia na vida dos mais vulneráveis e vão nortear o planejamento das políticas públicas. Coronel Fabriciano sai na frente com essa iniciativa e creio que os resultados das ações que já estamos planejando também servirão de exemplo para outras cidades tendo em vista que há uma grande dificuldade de produzir dados e pesquisa sobre esse público.”, disse.

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