terça-feira, abril 23, 2024
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FALTA DE REPASSE AO HOSPITAL: Câmara de Fabriciano faz Audiência Pública sem a presença de representante do estado

FABRICIANO – Por iniciativa do vereador Dr. Sandro Araújo, aconteceu nessa quinta-feira (19) no plenário da Câmara Municipal de Coronel Fabriciano, uma audiência pública para discutir sobre a grave situação do Hospital Dr. José Maria Morais, que há seis meses não recebe recursos do governo estadual. Segundo informações do autor da audiência, a dívida do Estado com o município somente na área da saúde ultrapassa 8 milhões de reais, entre assistência farmacêutica, R$679.376,07; atenção básica, R$3.083.260,53; gestão, R$39.400,00; média e alta complexidade, R$3.629.217,59; e vigilância em saúde, R$ 603.518,01.

Já a Diretora Executiva do Hospital, Kátia Barbalho, disse que os recursos em atraso são indispensáveis para manutenção dos atendimentos. “Essa verba do Estado é para investimentos. Quando não temos recurso, conseqüentemente o hospital deixa de ter qualidade no atendimento porque atrasa o pagamento dos fornecedores, que não entregam os materiais e os pacientes deixam de ter uma assistência de qualidade. Se tivéssemos recebendo os recursos em dia, o hospital, certamente, seria de referência em MG”, disse a Diretora.

Kátia Barbalho apresentou durante a audiência um slide mostrando o hospital José Maria Morais por dentro. Na apresentação, a diretora lamentou a ausência da Superintendente Regional de Saúde de Coronel Fabriciano, Déborah Cassia Rolando Cabral. A superintendente também não “se dignou enviar um representante”, disse. A Diretora parabenizou o vereador Dr. Sandro Araújo pela iniciativa, momento em que admitiu que a falta de repasse do governo poderá comprometer o funcionamento do hospital.

O Secretário de Governança de Saúde, Ricardo Cacau

O Secretário de Governança de Saúde, Ricardo Cacau, além de denunciar a omissão do governo estadual com a saúde em todos os municípios, explicou que para evitar o fechamento da unidade de saúde em 2017, a administração municipal assumiu a gestão plena da saúde na cidade, mas virou refém do governo estadual, que desde então não cumpre em dia com as parcelas devidas. “O governo além de omitir os seus compromissos, também omitiu a presença nesta audiência”, criticou Cacau, frisando que o governo estadual tem tratado a saúde do estado com muito descaso. Cacau lembrou que o Hospital pertence ao Estado, e que o município faz apenas a gestão.

“O Governo de Minas precisa assumir o compromisso, para que consigamos oferecer um tratamento de qualidade, humanizado, e principalmente, ampliar os atendimentos para uma saúde digna para o povo do Coronel Fabriciano”, avisou.

PARTICIPAÇÃO

Além da numerosa plateia, participaram da audiência o presidente da Câmara, Luciano Lugão; o líder de governo vereador Adriano Martins; vereadores Cristiano do Cais, Ronilson Burrinho, Nélio do Abacaxi e Carmem do Sinttrocel. Também marcaram presença vários secretários de governança; a diretora do Hospital Kátia Barbalho; Valter Lopes – presidente do Conselho Municipal de Saúde; do Ministério da Saúde vieram Márcia Augusta e Maria Stela de Carvalho.

ENCAMINHAMENTO

Todos os encaminhamentos retirados da audiência serão encaminhados diretamente para o Ministério da Saúde, para que o mesmo tome conhecimento da real situação em que se encontra a saúde em Coronel Fabriciano e em toda a Região Metropolitana do Vale  do Aço. Os encaminhamentos serão levados a Brasília pelo secretário de Governança de Saúde Ricardo Cacau, pelo vereador Dr. Sandro, acompanhados pela representante do Ministério da Saúde em Minas Gerais, Stela  de Carvalho.

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