domingo, junho 16, 2024
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Saúde mental: Timóteo reúne famílias para uma roda de conversa contra o preconceito

TIMÓTEO – A Secretaria Municipal de Saúde de Timóteo, está realizando palestras nas Unidades Básicas de Saúde, com o tema “luta contra o preconceito”, em alusão ao dia 18 de maio, Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Nesta quinta-feira (23) houve palestra na Unidade Básica de Saúde Maria Raimunda Perdigão, do bairro Ana Rita, regional Sul. Apesar da data ter sido lembrada em Timóteo, o hospital da cidade não possui leito psiquiátrico. As duas referências neste aspecto  em Coronel Fabriciano e Ipatinga.

“Nós avançamos muito nesta substituição, mas é preciso lembrar que é uma luta diária e constante.  Hoje, os leitos de retaguarda em hospitais gerais são um marco, um avanço em Minas Gerais”destacou Nilda Jacinta Coimbra, Assistente Social do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Timóteo.

A Assistente Social lembrou portanto, que a data 18 de maio traz na bagagem a história da luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental, principalmente ao combate à ideia de que era necessário isolar as pessoas com a adoção de tratamentos contraditórios, o que só aumentava os preconceitos relacionados à saúde mental.

CAPS de Timóteo

O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) está localizado à Avenida Jovino Augusto da Silva, nº 348, no bairro Bromélias. A unidade acolhe pacientes com algum tipo de sofrimento mental como transtornos psicológicos e uso de substâncias psicoativas por meio de equipe multidisciplinar formada por médico psiquiatra, psicólogos, terapeuta ocupacional e assistente social, seja em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial, incluindo a dispensa de medicamentos controlados.

Direitos fundamentais

O cuidado em liberdade é a bandeira do Dia da Luta Antimanicomial (18 de maio). Sintetizada na Lei 10.216/2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental, a reforma psiquiátrica brasileira é fruto de mobilização social com ampla participação da Enfermagem. Em 1978, denúncias de profissionais da Divisão Nacional de Saúde Mental (Dinsam/MS) sobre graves violações humanitárias em instituições psiquiátricas levou à demissão em massa. Em 1987, foi fundado o movimento antimanicomial, trazendo o protagonismo dos usuários.

A Reforma Psiquiátrica é uma conquista civilizatória, mas é imprescindível fortalecer a rede de atenção psicossocial (RAPS). “Houve, nos últimos anos, um redirecionamento dos recursos públicos, priorizando Comunidades Terapêuticas, ao mesmo tempo em que se drenavam recursos para o atendimento ambulatorial e reinserção”, aponta a enfermeira Dorisdaia Humerez, mestre em Enfermagem Psiquiátrica e doutora pela Universidade de São Paulo (USP). “O resultado se vê nas calçadas, com aumento expressivo da população em situação de rua”.

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