domingo, maio 5, 2024
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Vereadores propõem CPI para investigar contrato da empresa Saritur/Autotrans com o Município de Timóteo

Foto PCReis/JBN – 10.08.2023

TIMÓTEO – Nesta quinta-feira (10) por iniciativa dos vereadores Thiago Torres, Nelinho Ribeiro e Vinícius Bim, foi protocolado na Secretaria da Câmara de Timóteo um requerimento solicitando da Mesa Diretora do Legislativo, a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI, para apurar a atuação e incentivos recebidos pela empresa concessionária do transporte público em Timóteo – Saritur/Autotrans.

Na justificativa dos autores do requerimento, que também leva a assinatura dos vereadores Geraldo Gualberto, Professor Ronaldo, Brinnel Tozatti e Fabiano Ferreira, é a de que a empresa concessionária do transporte público em Timóteo – Saritur/Autotrans não cumpre o contrato ora celebrado com o município. Conforme apurado pelo JBN, a intenção principal da CPI é o de apurar as responsabilidades tanto da prestadora de serviço, quanto do órgão fiscalizador, no caso o município, e que, após concluído os trabalhos, o contrato entre as partes poderá ser denunciado.

Apresentação

O requerimento ora protocolado será encaminhado para leitura em plenário na próxima sessão da Câmara Municipal do dia 17/8, oportunidade que serão indicados os membros efetivos e suplentes da Comissão de Inquérito. No mesmo ato, a população do município irá conhecer todos os pontos que serão investigados. “Vamos revirar o contrato celebrado com essa empresa. Daqui pra frente ela não vai fazer o que bem entende nesta cidade”, avisou Thiago Torres, um dos autores do requerimento.

Opinião

Ouvidas pela reportagem do JBN, usuárias do transporte coletivo, servidoras da Prefeitura de Timóteo, disseram que a “tardia CPI se não terminar em pizza”, certamente colocará um fim ou amenizará o sofrimento dos passageiros.

Moradora do bairro Recanto Verde, regional Leste, a servidora pública que pediu para não ser mencionada, afirmou que a empresa Saritur/Autotrans é uma vergonha. “Muito mais vergonhosa é a fiscalização do município com essa empresa. Estão passando pano quente em um serviço que não é prestado”, falou indignada a servidora, que afirmou chegar atrasada diversas vezes ao trabalho, porque o ônibus deu defeito ou atrasou. “Uma avacalhação”, pontuou.

O José Honorato, morador do bairro Ana Rita, sede do município, asseverou que o seu trabalho de moto táxi se tornou um grande negócio desde a pandemia. Ele afirma que os passageiros estão optando pelo transporte alternativo para driblar os ônibus lotados e os que não cumprem horários. “Os passageiros pagam além do valor da passagem satisfeitos, mas sempre comentam o descaso do serviço da concessionária”, revelou.

A outra reclamação veio da passageira Jussara Rosa, moradora do bairro Ana Moura. Ela contou indignada que os horários da linha Ana Moura e Novo Tempo nunca são cumpridos. Segundo ela, a coisa piorou depois que a empresa tirou os cobradores. “Estamos sofrendo por todos os lados. Estamos correndo risco de vida e correndo risco de perder o emprego. Meu patrão está de saco cheio com as minhas justificativas de atraso”, destacou Jussara, que recebeu apoio de Lino Mariano, Gorete Almeida e Lucimara Siqueira, todos aguardando o transporte coletivo para a mesma localidade.

Sem muita explicação, outro passageiro da mesma regional de Jussara Rosa, o Paulino Silveira, pediu para simplesmente numerar os desmandos da empresa: “Atraso, sem ar condicionado, motorista sozinho, motorista nervoso, ônibus velho, poltronas rasgadas, elevador para deficiente com defeito, espaço do cadeirante sem o cinto, ônibus sujo janelando horários, e passagem muito cara”, assinalou.

 

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