segunda-feira, maio 6, 2024
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Conselho da Mulher de Timóteo encerra ciclo de palestras sobre violência

TIMÓTEO – Na manhã desta sexta-feira (08/12), o Conselho dos Direitos da Mulher de Timóteo (CMDM) fechou mais um ciclo de palestras sobre enfrentamento da violência contra a mulher. A campanha teve início no dia 30 de novembro, no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS Sul) e encerrou nesta sexta-feira com uma roda de conversa para usuárias do CRAS Oeste, localizado no Distrito de Cachoeira do Vale.

A educadora física Bianca Martins Souza iniciou a ação com uma dinâmica de exercícios de alongamento e de automassagem, visando maior interação entre os participantes. Também foram oferecidos aos participantes do encontro testes rápidos de HIV, Sífilis, Hepatites B e C que foram realizados pela enfermeira Priscilla Camilo Soares.

As bacharéis em Direito Lorena Iara Vidal e Larissa Oliveira falaram sobre os tipos de violência sofridos pelas mulheres dentro ou fora da relação conjugal. “Quando o homem dispensa à parceira um tratamento de maneira que ele tenha o total controle da vida desta pessoa, já é um alerta para o aumento dessa violência. Um dos problemas mais recorrentes da violência doméstica é o cerceamento da autonomia da parceira”, explica Lorena.

“A violência doméstica atinge mulheres em qualquer classe social, mesmo nos lares onde a mulher é provedora e sustenta a casa. A violência patrimonial cresce cada vez mais”, apontou a advogada Larissa Oliveira. Ela recordou os episódios recentes sofridos pela cantora Nayara Azevedo e pela apresentadora Ana Hickmam que geraram denúncias.

As duas advogadas concordaram ao afirmar que o que faz a diferença na vida da mulher que sofre violência é o apoio da família e dos amigos. “A grande maioria das vítimas não tem o apoio emocional da família. Geralmente, a mulher deposita toda sua energia naquele casamento e na maioria das vezes é aconselhada por parentes a contornar e resistir às investidas violentas do marido. Isso tende a se repetir na própria família”, lembra Lorena Vidal.

Larissa Oliveira, que também é membro do CMDM, frisou que é muito importante a mulher resguardar a sua integridade física e psicológica. Isso porque diante dos episódios diários de violência psicológica, algumas mulheres ficam tão fragilizadas que tendem a querer tirar a própria vida”, comentou a advogada.

Ao final da roda de conversa, foram recomendadas algumas atitudes para a mulher se proteger das investidas violentas como por exemplo: procurar direto a Polícia Civil para fazer a denúncia, uma vez que o pedido de medida protetiva é concedido mediante o flagrante de violência; nos casos onde não há flagrante, recomenda-se procurar a Polícia Militar para lavrar boletim de ocorrência; ter coragem para denunciar e cessar o ciclo de violência.

Medida protetiva

São ordens judiciais concedidas com a finalidade de proteger um indivíduo que esteja em situação de risco, perigo ou vulnerabilidade, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade ou religião. Por meio de ordens judiciais, busca-se garantir os direitos e garantias fundamentais inerentes à pessoa humana, como forma de preservar a integridade e saúde física, mental e psicológica da vítima.

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