domingo, abril 28, 2024
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Fundação Renova encerra 2021 com recorde de indenizações e auxílios financeiros

Somente no ano passado, foram pagos aproximadamente R$ 5,64 bilhões, quase o triplo previsto inicialmente no Orçamento para o ano

REDAÇÃO – A Fundação Renova encerrou 2021 com mais de R$ 8,71 bilhões pagos de indenização e Auxílios Financeiros Emergenciais (AFE) pelos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão (MG) a cerca de 363,5 mil pessoas.

Somente no ano passado, foram desembolsados aproximadamente R$ 5,64 bilhões em indenização e auxílios financeiros. Esse valor é 182% maior que o previsto inicialmente para 2021: R$ 2 bilhões.

Nesse contexto, a Fundação Renova caminha para a definitividade da reparação financeira.  Até o fim de 2021, a Fundação Renova desembolsou R$ 19,6 bilhões em ações de compensação e reparação financeira.

“Esse crescimento deve-se ao Sistema Indenizatório Simplificado, implementado pela Fundação Renova a partir de decisão judicial, quando as indenizações ganharam novo impulso, destravando pagamentos a informais”, diz a gerente de Gestão Integrada de Soluções Indenizatórias da Fundação Renova, Mariana Azevedo.

 

O Sistema de Indenizatório Simplificado permite a indenização de categorias muitas vezes informais como artesãos, carroceiros, lavadeiras, pescadores de subsistência e informais, areeiros e outros. O sistema também indeniza categorias formais como pescadores profissionais, proprietários de embarcações e empresas como hotéis, pousadas e restaurantes. Têm acesso ao Sistema moradores de 45 municípios impactados. Em 2021, 51,8 mil pessoas receberam suas indenizações por esse fluxo, correspondendo ao valor total pago de R$ 5,1 bilhões.

Para quem tem danos comprovados, a reparação financeira também é tratada pela Fundação Renova por meio do Sistema PIM/AFE. Ele contempla aqueles que atendem aos critérios do Programa de Indenização Mediada (PIM) e do Programa de Auxílio Emergencial (AFE), conforme o previsto no Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC).

 

Valor pago e pessoas indenizadas pelo Sistema Indenizatório Simplificado por localidade até dezembro de 2021 (números aproximados):

Localidade Pessoas indenizadas Valor Pago (R$)
1) Aimorés 6,1 mil 576 milhões
2) Aracruz 3,7 mil 393 milhões
3) Baixo Guandu 7,6 mil 689 milhões
4) Belo Oriente 2,9 mil 241 milhões
5) Bom Jesus do Galho 1 mil 97,6 milhões
6) Bugre 198 18 milhões
7) Colatina 1,7 mil 175 milhões
8) Conceição da Barra 2,9 mil 355 milhões
9) Governador Valadares 570 45 milhões
10) Itueta 670 64 milhões
11) Linhares 6,6 mil 661 milhões
12) Naque 2,2 mil 176 milhões
13) Periquito 1,7 mil 167 milhões
14) Rio Doce 940 105 milhões
15) Santana do Paraíso 530 46 milhões
16) São Mateus 4 mil 479 milhões
17) Resplendor 1,2 112 milhões
18) Sem-Peixe 120 12 milhões
19) Ipaba 600 58 milhões
20) Caratinga 260 27 milhões
21) Fernandes Tourinho 120 11 milhões
22) Marilândia 75 7 milhões
23) Santa Cruz do Escalvado 1,6 mil 182 milhões
24) São José do Goiabal 1 mil 100 milhões
25) Galileia 550 54 milhões
26) Pingo d´Água 100 10 milhões
27) Tumiritinga 1,5 mil 147 milhões
28) Ponte Nova 400 57 milhões
29) Dionísio 190 18 milhões
30) Rio Casca 85 8,5 milhões

Sobre a Fundação Renova

A Fundação Renova é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, constituída com o exclusivo propósito de gerir e executar os programas e ações de reparação e compensação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão.

A Fundação foi instituída por meio de um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre Samarco, suas acionistas Vale e BHP, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos (como Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, Instituto Estadual de Florestas, Funai, Secretarias de Meio Ambiente, dentre outros), em março de 2016.

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