sexta-feira, abril 26, 2024
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Vereadores de Ipatinga envolvidos no esquema da caixinha, recebem liberdade provisória

IPATINGA – A justiça concedeu nessa quarta-feira (26) o pedido de liberdade provisória a três vereadores e um assessor envolvidos na chamada caixinha, onde os parlamentares tomavam parte dos salários dos servidores da Câmara de Ipatinga. Luís Márcio, Paulo Reis e Rogerinho vão receber liberdade ainda nessa quarta. A decisão foi publicada no site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais desta quarta-feira.

De acordo com o advogado de Luiz Mário os trâmites da concessão de liberdade ainda estão sendo executados. “O juiz já determinou a concessão da liberdade provisória, agora passa pela secretária, que vai expedir o alvará que deve ser entregue na Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho ainda hoje. Nossa expectativa é que eles vão ser liberados ainda nessa quarta-feira”, explicou Ignácio Barros. Ainda de acordo com o advogado, os três vereadores e o assessor vão receber liberdade ao mesmo tempo.

Entenda o Caso

A Operação Dolos é uma ação conjunta entre Ministério Público, Polícias Civil e Militar, através do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Segundo as investigações, vereadores de Ipatinga contratavam assessores e exigiam deles parte do salário de volta.

De acordo com o MP, o esquema para arrecadar a verba acontecia de mais de uma maneira. A primeira delas no recebimento e entrega de valores em espécie ao representante do Legislativo por parte do funcionário contratado. A segunda modalidade era a retenção do cartão bancário, com o repasse de pequeno valor ao funcionário e manipulação na folha de ponto; muitos destes funcionários, segundo o Gaeco, eram “fantasmas”. A terceira, o vereador determinava a realização de empréstimos bancários por parte de servidores com o saque e transferência para contas de interpostas pessoas que eram usadas como laranjas, visando maquiar o real destino dos valores.De acordo com o Ministério Público, além do enriquecimento ilícito, o dinheiro exigido dos assessores servia para fortalecimento dos vereadores em bairros, visando as eleições municipais. Ao todo, 12 pessoas foram denunciadas na operação, entre vereadores, assessores, contadores, corretores de imóveis e comerciantes.

Continuam presos na penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, Masinho, Wanderson Gandra e Gilmar Ferreira Lopes, o Gilmarzinho. O vereador Andrade do Avante pagou fiança e cumpre medida restritiva de liberdade com uso de tornozeleira eletrônica.

Com a colaboração do Portal G1

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