quinta-feira, abril 25, 2024
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Gaeco prende o sétimo vereador em Ipatinga. Agora foi a vez de Gilmarzinho

IPATINGA – Foi preso nesta quinta-feira (25) em Ipatinga, o vereador Gilmar Ferreira Lopes (PTC), em mais uma fase da operação Dolos, que é realizada pelo Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ele é o sétimo vereador da cidade preso na operação, que investiga o sistema implantado na Câmara de Ipatinga em que alguns vereadores tomava parte do salário dos assessores, denominado de caixinha.

A prisão foi feita na casa do vereador, no Bairro Bom Jardim. Gilmarzinho, como é conhecido, estava afastado das atividades parlamentares após apresentar atestado médico de 15 dias. A filha do vereador também foi presa, suspeita de ajudar o pai a recolher o dinheiro do esquema. O Gaeco também esteve no gabinete do vereador e apreendeu alguns documentos.

Os dois foram levados para a sede do Gaeco. Uma coletiva de imprensa foi marcada para esta sexta-feira (26), quando os investigadores devem detalhar o andamento da operação.

A OPERAÇÃO

A operação Dolos é uma ação conjunta entre Ministério Público, Polícias Civil e Militar, através do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Segundo as investigações, vereadores de Ipatinga contratavam assessores e exigiam deles parte do salário de volta.

De acordo com o MP, o esquema para arrecadar a verba acontecia de mais de uma maneira. A primeira delas no recebimento e entrega de valores em espécie ao representante do Legislativo por parte do funcionário contratado. A segunda modalidade era a retenção do cartão bancário, com o repasse de pequeno valor ao funcionário e manipulação na folha de ponto; muitos destes funcionários, segundo o Gaeco, eram “fantasmas”. A terceira, o vereador determinava a realização de empréstimos bancários por parte de servidores com o saque e transferência para contas de interpostas pessoas que eram usadas como laranjas visando maquiar o real destino dos valores.

De acordo com o Ministério Público, além do enriquecimento ilícito, o dinheiro exigido dos assessores servia para fortalecimento dos vereadores em bairros, visando as eleições municipais. Ao todo, 12 pessoas foram denunciadas na operação, entre vereadores, assessores, contadores, corretores de imóveis e comerciantes.

São investigados no esquema, segundo o Gaeco, os ex-vereadores Paulo Reis (PROS), Rogério Antônio Bento (sem partido), José Geraldo de Andrade (Avante) e Wanderson Gandra (PSC), que perderam mandato ou renunciaram ao cargo na Câmara, além do vereador Luiz Márcio Rocha (PTC) e agora Gilmar Ferreira. Comissões processantes foram instauradas na Câmara Municipal para avaliar as condições dos vereadores investigados.

Fonte: Portal G1 Vales

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