sexta-feira, abril 19, 2024
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Prefeito de Fabriciano admite fechar hospital e põe a culpa no PT. Ex- prefeito Chico Simões rebateu as acusações

FABRICIANO – O Prefeito Dr. Marcos Vinicius, juntamente com o Secretário de Governança Financeira e Orçamentária, Wander Ulhôa, informaram nesta sexta-feira, 30, que caso a Câmara dos Vereadores aprove o orçamento com a emenda modificativa de número 6 proposta na reunião extraordinária, realizada no dia 07 deste mês, o Hospital Dr. José Maria Morais corre o risco de ser fechado.

A emenda modificativa de número 6, tendo como autores os vereadores do Partido dos Trabalhadores (PT), Marcos da Luz, Édem Almeida e Thiago Lucas, solicita alteração do Artigo 8°, que estipula que o valor máximo de 30% do remanejamento caia para 2%, afetando o fluxo e autonomia da Administração Municipal em escolher para qual área remaneja dinheiro. O remanejamento é realizado pelo poder executivo quando se vê necessidade em complementar o valor gasto por uma pasta. A maior parte dos remanejamentos feitos em 2018 atendeu ao Hospital Dr. José Maria Morais, em alguns casos, chegou a 27% para honrar o pagamento dos servidores públicos.

“Estamos sacrificando algumas obras de pavimentação, tirando de outras secretarias para manter o hospital de portas abertas. Eu como médico levanto esta bandeira da saúde. Tem coisas que não pode esperar a Câmara dos Vereadores aprovar, como por exemplo, um equipamento que fornece oxigênio para uma paciente”, afirma Dr. Marcos Vinicius.

Segundo o Secretário de Governança Financeira e Orçamentária, Wander Ulhôa, a administração com os atrasos nos repasses do Governo Estadual, que chegam a R$ 9 milhões somente para o Hospital, e quase 50 milhões de outros repasses, a alternativa da gestão foi buscar outras fontes de recursos e caso o poder legislativo aprove o remanejamento com 2% os riscos de um possível fechamento do hospital é eminente. “Se nós tivermos uma margem de remanejamento pequena isso tornará a execução orçamentária extremamente lenta, por que o hospital é financiado pelo Estado, que este ano pagou apenas três parcelas para o Município. Se ficarmos submetidos apenas 2%, infelizmente não podemos garantir que o salários dos servidores serão pagos e muito menos o mantimento do hospital”, conclui.

PAGAMENTOS EM DIA

A dívida do Estado com os municípios mineiros já se acumulada em mais de R$ 10,5 bilhões e cerca de 170 municípios mineiros já decretaram situação de calamidade financeira. Mesmo com a crise, o município de Coronel Fabriciano ainda está conseguindo manter o pagamento de seus funcionários em dia. A primeira parcela do 13° foi paga integralmente em setembro e a segunda parcela será paga até o dia 20 de dezembro, visto que a folha de pagamento do mês de novembro também já foi cumprida. “Temos um compromisso com os trabalhadores desta cidade, e por isso não podemos deixar de cobrar do legislativo que tome medidas positivas quanto à votação deste orçamento”, conclui Dr. Marcos Vinicius. A data para a segunda votação do orçamento ainda não foi definida.

EX-PREFEITO CHICO SIMÕES RESPONDEU

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