quinta-feira, maio 2, 2024
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Programa Saúde na Escola é defendido no combate à dengue

REDAÇÃO – No momento em que Minas e o País vivem uma evolução recorde dos casos de dengue, o fortalecimento do Programa Saúde na Escola (PSE) foi uma das principais ações defendidas nesta quarta-feira (6/3/24) para que a educação pública entre de fato no combate à doença. O assunto foi discutido em audiência na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), realizada pela Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia.

A reunião foi pedida pelas deputadas Beatriz Cerqueira (PT), presidenta da comissão, Macaé Evaristo (PT) e Lohanna (PV) e pelos deputados Betão (PT) e Professor Cleiton (PV), para debater a importância da adoção de ações pelo Governo do Estado junto às escolas no combate à dengue, zika e chikungunya, arboviroses que têm como vetor o mosquisto Aedes aegypti.

Beatriz Cerqueira
Dep. Beatriz Cerqueira – “É muito importante que a gente faça a nossa parte, que o poder público preste contas e um alerta é que temos visitado escolas estaduais e vendo que há problemas de estrutura e mobiliários que contribuem para o avanço de casos. As escolas estão muito sozinhas.”

 

O PSE envolve as esferas federal, estadual e municipal e foi uma das ações abordadas na reunião pelo Ministério da Saúde (MS) e de importância destacada por representantes do Fórum Mineiro de Educação Infantil (FMEI) e do Conselho Estadual de Saúde, que, no entanto, alertaram para a necessidade de o PSE chegar a mais escolas e de que haja controle social da destinação das verbas públicas.

Ministério destaca adesão de cidades

Abordando ações como o PSE, Eder Fernandes, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI) do Ministério da Saúde, defendeu que o ambiente escolar seja mais aproveitado para a promoção da saúde por meio da sensibilização e da conscientização da comunidade escolar.

Analisando o contexto de crescimento dos casos de dengue, ele alertou que esse processo envolvendo as escolas deve ser contínuo, porque as arboviroses estão cada vez mais presentes. As causas iriam desde a adaptação do mosquito ao meio urbano até o aquecimento global, que cria ambiente favorável à proliferação do mosquito.

“O momento é de muita preocupação, pois temos a pior incidência de dengue no Brasil e ela nem chegou no pico ainda e deve bater o recorde, sendo que 2023 já foi um ano problemático.”
Eder Fernandes
diretor do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde

Nesse sentido, ele frisou que foi resgatado o Programa Saúde na Escola, com a adesão de mais de 95% dos municípios brasileiros, que em pelo menos uma escola desenvolvem atividades educacionais alinhadas com a saúde.

Eder Fernandes ainda ressaltou que o MS criou uma instância para discussão permanente da situação da dengue e outras doenças, e tem atuado, em proximidade com o Ministério da Educação (MEC), para vencer a desarticulação entre os entes federados, que segundo ele foi deixada pela gestão federal anterior.

A estratégia, segundo o gestor, oferece ferramentas para estados e municípios ampliarem seu cuidado, incluindo a imunização contra doenças, inclusive em escolas. Para isso, foi destinada em 2023 verba extra de R$150 milhões no País e outra parcela do mesmo valor deverá ser destinada no primeiro semestre deste ano. Contudo, ele não falou especificamente de vacinação contra a dengue em escolas, nessa etapa.

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