domingo, abril 28, 2024
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Timóteo aplica fumacê para combater a disparada de casos de dengue e chikungunya

O inseticida fica cerca de duas horas no ar e tem a função de desalojar os mosquitos que ficam escondidos

TIMÓTEO – Está visível nos corredores dos postos de saúde, UPA e hospital em Timóteo, que o município vive um momento de disparada de casos de dengue e chikungunya jamais visto na cidade. O exemplo vem da regional Sul da cidade de Timóteo, onde a situação é muito ruim, porque os idosos estão penando com o inchaço que a doença provoca. Muitos estão até acamados e com dificuldade para alimentar.

A mesma situação de Timóteo está refletida em quase todas as cidades do Vale do Aço. Este número elevado de casos, abrange o clamor da população para uma força-tarefa planejada com aplicação do fumacê para o combate do mosquito aedes aegypti, responsável pela transmissão das doenças.

Diante da péssima situação vivenciada pela população, a Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Timóteo iniciou nesta sexta-feira (24), pela regional Sul, sede do município, a aplicação de fumacê com bomba costal. A ação está sendo realizada em locais onde já foram notificados ou confirmados casos da dengue, com o objetivo de eliminar o mosquito Aedes aegypti.

Os agentes estão percorrendo um raio de 150 metros, onde foi notificado caso de dengue, realizando o tratamento focal e aplicando o fumacê. O inseticida fica cerca de duas horas no ar e tem a função de desalojar os mosquitos que ficam escondidos, mas para isso é necessário que as condições climáticas sejam favoráveis, com pouco vento e sem chuva.

Especialista fala do aumento de casos

O JBN conversou com uma especialista no assunto, e ela informou que o aumento de casos de dengue e chikungunya aponta para um surto da doença, que está diretamente ligado a uma série de fatores. O ponto mais observado foi a redução das ações de controle e de prevenção da dengue na maioria das cidades mineiras após a Covid-19.

Segundo a especialista, o aumento do número da doença no verão é muito comum, mas, o número de casos tem crescido assustadoramente, e a omissão das autoridades de saúde tem sido colaborativa no que diz espeito as ações. “É uma situação que preocupa já que o sistema de saúde está sobrecarregado. As cidades ainda não estão preparadas para enfrentar esse surto”, disse, reforçando que a Secretaria Municipal de Saúde precisa fortalecer o diagnóstico precoce desses milhares de pacientes para que consiga rastrear os casos. “O mosquito não fica passeado, ele permanece muito perto de onde ele nasceu. Quando um bairro apresenta maior número de casos, por exemplo, é um indicador de que ali tem mais focos, facilitando as ações”, ensinou.

 

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