segunda-feira, abril 29, 2024
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Operação Ilusão investiga golpes financeiros estimados em R$ 5 milhões

REDAÇÃO – Visando apurar a atuação de grupos criminosos especializados em golpes financeiros – especialmente o do bilhete premiado –, cujos prejuízos causados às vítimas são da ordem de R$ 5 milhões, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, nesta quarta-feira (29/3), a operação Ilusão. Ao todo, foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão no estado, bem como no Espírito Santo, na Bahia, em Santa Catarina e em São Paulo.

A operação, realizada pela 1ª Delegacia Especializada em Investigação de Crimes Contra a Ordem Tributária, do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes (Deccof), resultou na arrecadação de celulares dos investigados, além de diversos documentos, cartões bancários, entre outros materiais. A PCMG também solicitou à Justiça o bloqueio de contas bancárias dos alvos e a apreensão de veículos e bens obtidos com a prática criminosa.

De acordo com o delegado Gustavo Xavier, que coordenou a ação policial desencadeada hoje, o trabalho investigativo começou em setembro de 2022 a partir do caso de uma das vítimas que foi ludibriada a transferir cerca de R$ 5 milhões para contas bancárias de golpistas. “Os criminosos utilizaram-se do golpe do bilhete premiado com a promessa de aportes financeiros posteriores”, contou o delegado ao informar que as investigações prosseguem.

Sobre o golpe

O golpe consiste na abordagem da vítima pelo infrator, que finge estar procurando por loja ou casa lotérica. Uma outra pessoa aparece e diz para os dois que possui algum tipo de bilhete premiado, mas que não pode receber todo o prêmio, pois sua religião não permite e alega precisar de duas testemunhas para conseguir o prêmio.

O suposto ganhador exige uma certa quantia como forma de demonstração de boa-fé das testemunhas. O infrator que fingia estar em busca de loja ou casa lotérica é na verdade comparsa do suposto ganhador do prêmio. Esse, então, se mostra convencido e entrega o dinheiro ao ganhador. Acreditando na história, a pessoa abordada vai ao banco e saca o valores e os entrega ao golpista.

Com o dinheiro na mão, o suposto ganhador do bilhete premiado usa uma desculpa e desaparece. Geralmente, a situação ocorre próximo a uma agência bancária, e o golpista está bem vestido, tem uma boa conversa e um bom carro.

Alerta

O delegado da PCMG Eric Brandão, chefe da Divisão Especializada de Combate à Corrupção, Investigação a Fraudes e Crimes Contra a Ordem Tributária, orienta a população que, quando se deparar com alguém solicitando a troca de um bilhete, possivelmente premiado, sob qualquer alegação da impossibilidade de ficar com o total do prêmio, pedindo valores menores em troca, fale que não está interessado e saia de perto. “Procure auxílio policial imediatamente para denunciar a ação e jamais ceda qualquer valor ou bem em troca do bilhete ora apresentado”, completa.

 

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