sábado, maio 4, 2024
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MAL ENTENDIDO | Instituto Estadual de Florestas esclarece prisão de funcionários do PERD em serviço

MARLIÉRIA – Nesta quarta-feira (22), o Instituto Estadual de Florestas – IEF esclareceu em nota, sobre a prisão de funcionários do Parque Estadual do Rio Doce no último dia 18 de março, na lagoa Águas Claras, localizada no interior do Parque Estadual do Rio Doce – PERD. Segundo a nota, a situação foi um mal entendido, visto que o grupo de funcionários do parque simplesmente realizava um trabalho de campo para manejo de espécies invasoras.

No Boletim de Ocorrências da PM foi relatado que os envolvidos na situação, no caso os funcionários ou prestadores de serviços do parque, estavam realizando pesca ilegal e ainda, dando mal exemplo.

Veja na íntegra o que esclareceu o Instituto Estadual de Florestas sobre situação:

O Instituto Estadual de Florestas (IEF) esclarece que uma equipe de servidores da unidade de conservação foi abordada durante a realização de seu trabalho, de ações relativas ao manejo de espécies invasoras de um dos cursos d’água existentes no local. Informamos, ainda, que, de acordo com o Decreto Estadual nº 47.749/2020, esse tipo de atividades de manejo de fauna realizadas nas unidades de conservação pelos seus servidores, podem ser executadas sem autorizações adicionais, sendo elas ações inerentes da própria gestão.

Salientamos que, no interior das lagoas localizadas no Parque Estadual do Rio Doce, têm sido identificadas várias espécies exóticas prejudiciais ao ecossistema aquático nativo, entre elas a conhecida popularmente como piranha que, por se tratar de uma espécie carnívora e de alta agressividade e periculosidade, requer a adoção de ações de manejo com vistas ao seu adequado controle.

Nesse sentido, tais servidores encontravam-se no exercício das atividades de prospecção, avaliação e manejo de referida espécie e identificação da logística de deslocamento das piranhas pelos canais de interconexão entre as lagoas existentes no Parque. Essas ações requerem expedições de campo e prospecções em horários diversos, com a necessidade de acampamento da equipe técnica no local das atividades de manejo.

Tal atividade exige, necessariamente, a captura e coleta das espécies invasoras, com o objetivo de controle populacional, o que, nos casos da fauna aquática, consistem em ações que somente podem ser realizadas por meio do conjunto de atos de pesca. Importante ressaltar que as espécies exóticas invasoras de cursos d’água são responsáveis por extensos danos a ecossistemas naturais, figurando entre as cinco maiores causas de extinção de espécies do mundo, sendo essa a principal razão da necessidade de manejo para controle populacional e preservação das demais espécies nativas do ambiente.

Enfatizamos que todos os esclarecimentos e informações técnicas foram prestados pelos servidores abordados, pelo gerente do Parque, pela Diretora de Proteção à Fauna e pela Supervisora da Unidade Regional Rio Doce. O IEF segue à disposição das autoridades de segurança para a apuração dos fatos e reitera o compromisso da instituição e de todos os seus integrantes com a preservação das Unidades de Conservação e da biodiversidade do Estado.

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