quarta-feira, maio 1, 2024
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OPINIÃO | Nossas cidades não estão preparadas para o período chuvoso. Qual a saída?.

REDAÇÃO – O volume de chuva que atinge a região Metropolitana do Vale do Aço desde meados do mês de dezembro do ano passado, deixou um saldo de destruição. Casas e ruas alagadas, veículos arrastados pela água e rodovias interditadas ainda são cenas que fazem moradores das áreas de risco perderem o sono sempre que o tempo fecha.

As áreas de periferia das cidades do Vale do Aço estão em estado de alerta, com casos de soterramento e queda de barragens. Mas os bairros nobres das cidades e os grandes centros não escaparam também da fúria das águas.

As chuvas destrutivas de verão são conhecidas. É normal no verão: chove muito e de forma mal distribuída. E também é sabido que essas tempestades tendem a piorar com as mudanças climáticas.

Especialistas acreditam que é possível afirmar, baseado nesses acontecimentos, que o volume de chuvas dificilmente vai diminuir nos próximos verões e que podemos ter outros episódios parecidos ainda este ano.

Qual é a saída?.

As cidades vão precisar modificar completamente o planejamento, especialmente no que diz respeito ao uso do solo. Temos que reduzir essa impermeabilização, que é uma loucura, porque as águas não conseguem fluir. Fora a questão mais dramática, que é o saneamento.

Basicamente, se você tem elevados volumes de chuva, precisa ter melhores condições de drenagem. Isso significa que precisamos uma mudança radical na forma como isso é tratado nas nossas cidades. As cidades também precisam encontrar maneiras de aumentar o volume de arborização urbana, além de mudar as formas como tratam seus rios, especialmente nas áreas urbanas.

Nossas cidades não estão preparadas nem para o clima do passado, muito menos para o clima modificado. Isso significa que há muito trabalho pela frente. E necessidade de inovações. Existe todo um campo de novos negócios que estão começando ou podem surgir levando essas mudanças em consideração.

No Brasil, essa ainda é uma discussão nova porque crescemos acreditando que somos um país livre de desastres naturais, o que, nunca foi verdade. Mesmo antes da mudança do clima, o Brasil já tinha muitos desastres, enchentes. Essa formação pode ser uma das causas de estarmos atrasados em relação a outros países, onde já existe uma estrutura bem mais desenvolvida, tanto de prevenção, quanto de resposta e recuperação de desastres. Prevenção e prevenção, são palavras de ordem que devem ecoar tanto nos corredores dos poderes executivos, quanto nos legislativos para o bem geral das populações.

 

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