sábado, abril 27, 2024
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Reforma da Ponte Queimada continua no papel. Comissão pró-reforma promete nova manifestação

A verba compensatória da Fundação Renova | tragédia de Mariana | que ora está liberada para ampliação e obras no Parque Estadual do Rio Doce, ainda não chegou para revitalizar a ponte. A situação da passagem está cada vez pior. (Foto Marcelo Braga/Defesa Civil de Pingo D’água – 15/05/2023)

CÓRREGO NOVO Ao completar um ano da última investida da comissão pró-reforma da Ponte Queimada, o vice-prefeito de Córrego Novo (MG) Ailton Top Lage, uma das lideranças envolvida no processo de reforma, informou ao JBN na última sexta-feira (12), que entraves burocráticos dentro do IEF e Semad estão impedindo que a obra seja de fato realizada.

A última investida no sentido de tirar a reforma da ponte do papel, ocorreu no início do ano passado em uma reunião da comissão em Belo Horizonte, onde foi prometido o projeto definitivo da obra pelo secretário estadual Igor Eto.

Conforme explicou Ailton Top Lage, na última semana, depois desse encontro em Belo Horizonte, nada de concreto aconteceu. Segundo Ailton, na ocasião, o secretário estadual explicou para a comitiva, que o projeto para reforma da ponte demanda tempo e entraves burocráticos, mas, que o serviço está garantido com recursos da verba compensatória da Fundação Renova | tragédia de Mariana | que ora está liberada para ampliação e obras no Parque Estadual do Rio Doce.

MANIFESTAÇÃO

Ao completar um ano deste encontro em BH, a comitiva de prefeitos integrada por Márcio Lima, de Jaguaraçu; Luiz Paulo, de Pingo D’Água; Hamilton Lima, de Marliéria; e Nelson de Paula, de Córrego Novo e presidentes de Câmaras Municipais, segundo Ailton Top Lage, está se preparando para um novo movimento na Ponte Queimada, para mostrar as autoridades a necessidade e a urgência da intervenção.

“Os recursos da verba compensatória da Fundação Renova já estão sendo aplicados no Parque Estadual do Rio Doce, e até o momento o que vê são pessoas ligadas ao Instituto Estadual de Florestas, se posicionando contrárias à reforma da ponte. Nós não vamos desistir, pelo contrário, vamos insistir, porque a necessidade desta passagem é nossa”, destacou Ailton Top Lage.

A Defesa Civil da cidade de Pingo D’água monitora constantemente a situação (Foto Marcelo Braga/Defesa Civil de Pingo D’água – 15/05/2023)

PEDIDO À CENIBRA

A novidade informada com exclusividade para o JBN pelo atual vice-prefeito de Córrego Novo, Ailton Top Lage, é a de que uma intervenção paliativa seria feita no local para aguardar a obra definitiva. Para tanto, explica Ailton, a coordenação do movimento pró-reforma da ponte encaminhou pedido de madeira à CENIBRA, visando repor o tablado do equipamento.

“As cidades de Pingo D’Água e Marliéria irão custear o trabalho de serrar os pranchões que serão usados nesta intervenção paliativa”, garantiu Ailton, apontando que a comissão está empenhada na reforma da ponte devido a sua importância cultural e turística. “Estamos aguardando um posicionamento do IEF para que possamos iniciar essa ação paliativa, pois, a Cenibra já se dispôs a liberar a madeira”, avisou Ailton.

História

O então governador de Minas, Antônio de Noronha, mandou abrir uma estrada que, passando pelo vale, fosse até Barra do Cuieté, distrito de Conselheiro Pena. Ele governou Minas Gerais de janeiro de 1775 a fevereiro de 1780.

Os operários romperam cerca de vinte léguas, através das “Matas Nacionais”, de que existe hoje apenas um pedaço, o Parque Florestal. Foi seu sucessor Dom Rodrigo, quem a completou e inaugurou. Ficou conhecida como Estrada Aberta, ou do Degredo.

A “Aberta”, como era chamada, atravessava quatro grandes pontes neste Sertão: a do Piracicaba (Antônio Dias), a ponte Alta (Ribeirão do Mombaça), a Ponte Queimada, no Rio Doce, e a do Sacramento Grande (Bom Jesus do Galho).

A ponte do Rio Doce, inaugurada em final de século 18, ficava pouco abaixo da atual, numa corredeira entre os saltos Jacutinga e do Inferno. A ponte foi incendiada em meados de 1793, tornando então o nome de Ponte Queimada. Na ocasião os soldados acusaram os índios pelo incêndio.

 

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