sexta-feira, abril 19, 2024
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Em Timóteo, a tradição centenária de Grutas nas escolas e prédios públicos se mantém

No antigo Colégio Macedo Soares, a Gruta está preservada. Religiosos ainda dizem que essa gruta está sempre vigiada por três cães escondidos entre as pedras que dão a ela o formato.

TIMÓTEO Mais do que uma peça de decoração, as grutas nas escolas de Minas Gerais são relíquias que, literalmente, guarda a fé e a devoção das pessoas. Elas são abrigos para imagens de santos, que têm tanta representatividade e simbologia quanto os objetos de devoção.

A reportagem do JBN perguntou algumas pessoas ligadas a igreja católica sobre a origem das grutas. A única informação é a de que tanto as grutas quantos os oratórios nas escolas ou prédios públicos, remontam à Idade Média. Na ocasião, somente os reis tinham estes nichos em suas casas e os adornavam luxuosamente, inclusive com pedras preciosas. Depois, as famílias mais ricas também passaram a contar com altares particulares. O hábito de ter um lugar especial para guardar os santos foi se popularizando e chegou até as colônias portuguesas.

De acordo com os historiadores, em 1.500, a caravela que chegou ao Brasil trazia um oratório com a imagem de Nossa Senhora da Esperança. O hábito de proteger os santos em um local específico se espalhou pelas fazendas, senzalas, residências e chegou às escolas brasileiras através dos séculos.

Especificamente em Timóteo, o prédio do antigo Colégio Macedo Soares, hoje CEMEI e Secretaria Municipal de Obras, abriga de maneira intacta uma destas Grutas, considerada uma relíquia e que por sinal está carinhosamente bem preservada. Na Prefeitura de Timóteo, no térreo, bem abaixo das escadas, também está uma espécie de oratório, construído na mesma ocasião do prédio do Paço Municipal.

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