segunda-feira, outubro 7, 2024
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O Clube Choupana em Timóteo, continua sem dono, abandonado e um grande problema

No último ano, até um corpo foi encontrado no interior do clube. As piscinas estão oferecendo riscos de proliferação do mosquito da Dengue
O arco de pedra da entrada da Gruta dos Namorados foi o que restou. Se transformou em esconderijo de marginais
A piscina chamada de grande, hoje é apenas uma poça d’água contaminada
Parte do tuboágua foi incendiado
O salão de eventos que recebeu shows de cantores famosos deu lugar as infiltrações e pichações
A cobertura do terceiro salão, um dos mais imponentes do clube com o piso taqueado, foi completamente roubada
Vândalos derrubaram a golpes de machado, cerca de 10 palmeiras imperiais, com mais de cinquenta anos,  para extrair o palmito
As casinhas do parque infantil estão resistindo ao tempo
O portão principal do clube permanece aberto. Ao lado, a secretaria também não escapou da depredação

O Clube Campestre Choupana foi fundado em 1968, pelo pioneiro Expedito Marcolino.

Timóteo (Fotos PCReis) – Ainda é uma interrogação para os moradores do Bairro Santa Cecília, em Timóteo (MG), a verdadeira  identidade dos legítimos proprietários do antigo e imponente Clube Campestre Choupana. O mistério causa uma grande fadiga nos vizinhos do ex-clube, visto que o local tem sido considerado sinistro e muito perigoso.

A falta de informações quanto ao grupo que há alguns anos adquiriu a área, com a finalidade de construir um condomínio residencial no local, tem deixado de cabeça quente a vizinhança do empreendimento. De portões abertos 24h, a mercê dos vândalos e de marginais, a área virou terra de ninguém.

No último sábado (4), a reportagem do JBN atendendo indicação da pauta por diversos leitores, acompanhado de um morador, Silvério Henrique Damasceno, do Bairro Santa Cecília, também ex-funcionário do clube, entramos na área para fazer um registro fotográfico.

Enquanto a reportagem do JBN realizava o trabalho, diversas pessoas foram encontradas pelos cantos fazendo uso de drogas ilícitas.   Em determinado momento tivemos que explicar o que estávamos fazendo e que não registraríamos a ação dos mesmos.

Continuando a nossa vistoria pelo clube, percebíamos a angústia no olhar do nosso acompanhante, que narrava com voz embargada a sua tristeza e decepção diante da situação em que se encontra o clube que por muitos e muitos anos foi parte integrante na vida dos Timotenses.

Depredação

No interior do clube as piscinas, os parques infantis, as quadras, os salões, sauna, banheiros, a gruta dos namorados, estão em ruínas. Praticamente o que permanece é a estrutura  em concreto. As telhas, pias, estrutura metálica, brinquedos do parque infantil e torneiras, foram levadas pelos vândalos. O escorregador do tuboágua não foi levado, mas foi incendiado. As piscinas com água parada é um risco constante.

No local, nem as palmeiras imperiais – cinquentenárias, não escaparam. Foram cortadas a golpes machado para que o palmito fosse extraído. O pé de Jenipapo que contava a história do clube por ser ele a primeira árvore frutífera introduzida em um local de destaque, também não escapou.

Falência

Conversando com algumas pessoas que até fizeram parte de comissões para tentar erguer o clube diante das primeiras dificuldades aparentes, elas apontaram como fator principal para o momento de crise, que levou o clube a falência, foi o fim dos descontos em folha na antiga Cia. Acesita, hoje empresa Aperam.

Conforme lembraram, o clube contava com cerca de 1.500 sócios contribuintes. Destes, cerca de 1.100 eram operários da Cia Acesita, com autorização de desconto da mensalidade nos contracheques.

Com o desenrolar de uma campanha salarial a época, a diretoria da Cia. Acesita quis mostrar para o operário que os diversos descontos na folha, como clubes de futebol, entidades, sindicato, clubes como Choupana e Alfa não permitiam que o mesmo tomasse pé do seu real salário. Entretanto, este fator agregado às demissões na empresa pela privatização, elevou o caos e afetou diretamente a vida social no município. A falência do Choupana, Alfa e Clubes de Futebol foi inevitável, porque os sócios se mantiveram na inadimplência, porque não procuravam para quitação das mensalidades.

Processos

Em uma rápida pesquisa no site do TJMG, constatamos que em nome do Clube Campestre Choupana pesa 18 processos, alguns baixados e outros ativos. Alguns estão conclusos para despacho e foram movimentados no último mês de dezembro.

Nota da Prefeitura

Atendendo pedido de nota do JBN, a Prefeitura de Timóteo informou que ex-clube Choupana é considerado um ponto crítico pela equipe de controle da zoonoses, estrategicamente é visitado de 15 em 15 dias, com monitoramento da água parada. O local não tem foco de dengue. A vizinhança do entorno do Choupana também é monitorada e não existe registro de dengue. Em 2019 a equipe de Controle de Zoonoses da Prefeitura de Timóteo realizou mais de 18 visitas de monitoramento e coleta de tudo que a população joga na área.
Quanto a capina, não é de responsabilidade da administração pública, pois a área é particular, cabendo ao proprietário tal serviço. Também é necessário que o proprietário tampe as piscinas, evitando acúmulo de água parada. A atual gestão está buscando medidas judiciais e extra-judiciais para viabilizar uma solução para o local.

A empresa Aperam, antiga Cia. Acesita, não respondeu o pedido de nota do JBN.

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2 comentários sobre “O Clube Choupana em Timóteo, continua sem dono, abandonado e um grande problema

  • Caso queiram saber sobre um dos donos do choupana e conheço.

    OBS, choupana se tornou lugar importante para a pratica de um esporte pouco difundido na região.. o Arirsoft.

    entrem em contato iuryhferreira@gmail.com

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  • Hoje, 18/01/22, pesquisei Clube Campestre Choupana no google e deparei com as fotos de ruínas, abandonado em Timóteo. Por volta de 1979, veiculava na tv preto e branco de casa, o comercial ” Venha ser um sócio/ deste paraíso/ sua família vai se sentir feliz/ Clube Campestre Choupana…”, em forma de música. Eu e meus irmãos gostávamos do comercial. Nunca fui ao clube. Morávamos no interior mineiro. As ruínas parecem falar, escondendo-se em si, histórias de grandes épocas de entretenimento e lazer.

    Resposta

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