sexta-feira, abril 26, 2024
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Após reportagem do JBN, APERAM derruba a “árvore que chora” no Funcionários. Veja o vídeo

Timóteo (Foto e Vídeo PCReis) – Lamentavelmente, um dia após a publicação da matéria pelo JBN sobre o mistério da “árvore que chora”, a Cia. Aperam determinou nesta quarta-feira (11) o corte da espécie objeto da reportagem, no bairro Funcionários, causando estranheza, já que não havia nenhum pedido de supressão da espécie por parte do morador. Desde a publicação do assunto pelo JBN, a reportagem foi visualizada por cerca de 11.034 mil pessoas  e  comentada por 604 leitores. Várias pessoas entre crianças e adultos chegaram a visitar o local para conferir o fenômeno e presenciar a festa de duas importantes espécies de macacos que se reuniam justamente nesta Tipuana.

A espécie nativa conhecida como Tipuanas ou Amendoim-Acácia promove este fenômeno em algumas épocas do ano. As pessoas podem ver e até sentir muitas gotas de água caindo da árvore, um fenômeno às vezes tão intenso que parece está chovendo embaixo delas.

Apesar de vermos normalmente as gotas caírem de Tipuanas (Conhecida como Tipuana ou Amendoim-Acácia, é originária da América do Sul), porque elas podem passar pelo processo que causa os pingos, resultado de uma relação de parasitismo. “O que cai, na verdade, é uma excreta que vários insetos soltam”. Esses insetos são, principalmente, os hemípteros, parentes das colchonilhas, dos percevejos e dos pulgões. “Eles se alimentam da seiva das árvores, que é por onde correm os nutrientes das plantas”, explicou Matheus Boaventura, técnico em meio ambiente.

Então, por mais que pareça e que a utilizada expressão “árvores que choram” leve a crer que são as árvores que pingam, não é isso que acontece. Matheus justifica a dúvida: “parece que são elas, porque esses insetos são muito pequenos, então é difícil vê-los. Além disso, como não conseguem furar a casca das árvores, eles ficam nos ramos mais novos e altos”.

A seiva é composta à base de água, açúcar e outras substâncias como aminoácidos, mas são principalmente essas outras substâncias que interessam para os insetos. “Eles estão sugando essa seiva, absorvendo os compostos nitrogenados e expelindo o açúcar e água em excesso”. Os insetos vão soltando essa substância até que elas se agregam e pingam, não das árvores, mas deles.

A maior parte do líquido com que entramos em contato é uma inofensiva mistura de água com açúcar, mas ainda assim é uma excreta, então não se recomenda beber.

Pedido de Nota

O JBN solicitou da empresa Aperam esclarecimento sobre o assunto, mas até o fechamento desta edição, às 11h13, desta quinta-feira (12), não houve manifestação.

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