quarta-feira, abril 24, 2024
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Presidente do Sinttrocel reage com indignação à proposta de reajuste de passagens com demissão de cobradores

FABRICIANO  (Foto PCReis)– Ao tomar conhecimento da matéria veiculada no JBN no último dia 23 de janeiro, intitulada “Sauna móvel: Passageiros reclamam de ônibus sem ar condicionado em Timóteo”, que ainda denunciou a proposta de reajuste das passagens apresentada pela concessionária do transporte coletivo em Timóteo, abrindo possibilidade de demissão de cobradores, o presidente do Sinttrocel – Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Coronel Fabriciano, Marlúcio Negro, reagiu com intensidade, dizendo que a proposta da concessionária apresentada “aos municípios do Vale do Aço é ridícula e que pode causar o desemprego de cerca de 500 cobradores”.

Em uma entrevista exclusiva ao JBN na manhã desta segunda-feira (28), Marlúcio Negro pediu que os prefeitos e vereadores das três maiores cidades do Vale do Aço, não aceitem que em nome do “lucro, que os cobradores de ônibus sejam colocados no olho da rua”. Marlúcio denunciou que nas cidades de João Monlevade, Governador Valadares e uma grande parte da frota da Grande BH, as empresas já adotaram os coletivos sem cobradores, “forçando o motorista exercer a dupla função”.

Por outro lado, o presidente do Sinttrocel com o intuito de formar parcerias para antecipar uma possível tragédia trabalhista no Vale do Aço, iniciou ainda nesta segunda-feira encontros com os presidentes de Câmaras Municipais, visando garantir de fato, que o assunto ganhe proporções. A intenção do sindicalista é o de evitar que matérias com este tipo de conteúdo sejam aprovadas nas casas legislativas. O primeiro presidente visitado pelo sindicalista foi Adriano Martins, presidente da Câmara de Fabriciano.

No encontro, o presidente do Sintrrocel recebeu a garantia do presidente Adriano Martins, que o Legislativo Fabricianense não votará nenhuma matéria contrária aos interesses dos trabalhadores rodoviários. Segundo Adriano, não é aceitável pensar que em uma negociação de reajuste de passagens, a concessionária do transporte coletivo apresente dentro da proposta demissões dos cobradores em até 100%, “como forma velada de chantagem”.

“Na qualidade de presidente do Legislativo Fabricianense posso garantir que estamos ao lado do Sindicato da categoria para não permitir que a concessionária do transporte coletivo possa realizar demissões dos cobradores”, avisou Adriano, revelando que já recomendou a secretaria da Câmara a elaboração de um requerimento sugerindo uma Audiência Pública para debater o assunto.

O presidente do Sinttrocel no decorrer da semana estará agendando encontros com o presidente da Câmara de Timóteo, Professor Diogo Siqueira, e com o presidente da Câmara de Ipatinga, Jadson Heleno. O JBN não conseguiu fazer contato com a concessionária do transporte coletivo.

PROPOSTA

O JBN apurou na última semana que a empresa concessionária do transporte coletivo enviou a Prefeitura de Timóteo três propostas de reajuste das passagens. Duas propostas chamaram a atenção da reportagem, porque a empresa propõe redução do reajuste, mas indica que reduzirá também o número de cobradores em 50% e 100%. Somente na primeira proposta a empresa indica que manterá 100% dos cobradores, se o reajuste chegar ao patamar de 47,43%, elevando a tarifa para R$ 5,60.

VEJA O QUE PROPÕE A EMPRESA

1 – Pleito Tarifário com Cobrador em 100% da frota: reajuste 47,43% – Tarifa subiria para R$ 5,60

2 – Pleito Tarifário com redução de 50% dos cobradores e isenção de CGO e ISSQN: Reajuste de 24,47% – Tarifa Técnica de R$ 4,73.

3 – Pleito Tarifário com redução de 100% de cobradores e isenção de CGO e ISSQN: Reajuste de 13,68% – Tarifa Técnica de R$ 4,32.

 

 

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One thought on “Presidente do Sinttrocel reage com indignação à proposta de reajuste de passagens com demissão de cobradores

  • Osmar Teixeira

    Absurda a proposta da empresa. Vou dá uma sugestão para a prefeitura de Timóteo (se cabível) o rompimento do contrato de concessão, e abrir nova licitação pata empresas interessadas ou até mesmo decretar a intervenção no sistema de transporte coletivo da cidade

    Resposta

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