sábado, julho 27, 2024
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Polícia Civil prende vereador e assessores que tomavam salário de servidores da Câmara

REDAÇÃO – Foi preso na manhã desta terça-feira (2) pela  Polícia Civil de Minas Gerais o vereador Claudio Duarte (PSL), de Belo Horizonte. O assessor parlamentar e chefe de gabinete dele, Luiz Carlos Cordeiro, também foi detido.

As prisões são temporárias, pelo prazo de cinco dias, e foram decretadas pela juíza Patrícia Santos Firmo. Segundo a Polícia Civil, as prisões foram necessárias porque o vereador estaria atrapalhando as investigações. Ele foi preso em casa, no Bairro Céu Azul e o funcionário foi detido na delegacia.

Duarte está sendo investigado por um esquema conhecido como “rachadinha”, quando os funcionários devolvem parte do salário para o parlamentar.

O vereador Claudio Duarte (PSL), de Belo Horizonte, é acusado de organização criminosa.

O vereador, o chefe de gabinete e outros quatro assessores foram afastados de suas funções pela Justiça – a Presidência da Câmara foi notificada nesta manhã, de acordo com a polícia. Eles são suspeitos de peculato, concussão, formação de organização criminosa e obstrução de Justiça.

O esquema – Segundo o delegado Domiciano Monteiro, chefe do Departamento Estadual de Investigação de Fraudes, o esquema de “rachadinha” começou a ser montado antes mesmo de Duarte tomar posse, logo após a eleição em 2016. O percentual de devolução dos salários variava. De acordo com Domiciano, um funcionário com salário de R$ 11 mil tinha que devolver R$ 10 mil para o vereador do PSL.

Ainda de acordo com o delegado, o vereador dizia aos funcionários que recolhia o dinheiro para pagar dívidas de campanha. O responsável pelo recolhimento em espécie das quantias era o chefe de gabinete. A estimativa é que o esquema tenha movimentado um milhão de reais desde 2017.

Após o início das investigações, no final de 2018, o parlamentar e o assessor teriam tentado atrapalhar o trabalho da Polícia. Segundo o delegado, as prisões tiveram que ser solicitadas para interromper as ameaças: “As interferências eram feitas até mesmo através de ameaça de morte, para que funcionários e testemunhas eles não revelassem o que sabiam após serem chamados pela Polícia Civil.” confirmou Monteiro.

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