domingo, novembro 16, 2025
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Dia Mundial do Diabetes reforça importância da prevenção e do diagnóstico precoce

Dra. Priscila Nunes de Carval, é médica endocrinologista da Fundação São Francisco Xavier

IPATINGA – Celebrado em 14 de novembro, o Dia Mundial do Diabetes reforça a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento contínuo de uma doença que, apesar de silenciosa, pode trazer sérias complicações se não for controlada. No Brasil e no mundo, o número de pessoas com diabetes cresce a cada ano, impulsionado por hábitos de vida inadequados e pelo aumento da obesidade.

Dados e estatísticas sobre diabetes mostram o crescente impacto global da doença em indivíduos, famílias e países. O mais recente Atlas de Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF) (2025) relata que 11,1% – ou 1 em cada 9 – da população adulta (20-79 anos) vive com diabetes, sendo que mais de 4 em cada 10 desconhecem ter a doença. As projeções indicam que, até 2050, 1 em cada 8 adultos, aproximadamente 853 milhões de pessoas, viverá com diabetes, um aumento de 46%.

Para a médica endocrinologista da Fundação São Francisco Xavier, Dra. Priscila Nunes de Carvalho, o Dia Mundial do Diabetes é essencial para promover a conscientização da população. “Esse dia é importante para chamar a atenção das pessoas, incentivar o rastreio e reforçar a importância de um estilo de vida saudável. O diagnóstico precoce faz toda a diferença na qualidade de vida”, destaca.

A especialista explica que o diabetes ocorre quando há um aumento da glicose no sangue, a chamada hiperglicemia, devido à falta de insulina ou à dificuldade desse hormônio agir no organismo. “O diabetes é uma doença crônica que aparece quando o corpo não produz insulina ou quando ela não consegue agir como deveria. Esse aumento do açúcar no sangue é o que chamamos de hiperglicemia, que, com o tempo, causa complicações graves se não houver controle”, explica Dra. Priscila.

Segundo ela, existem dois tipos principais da doença. “O diabetes tipo 1 normalmente é diagnosticado na infância, quando o pâncreas para de produzir insulina. Já o tipo 2 acontece quando o corpo até produz insulina, mas ela tem dificuldade de agir, geralmente por conta do excesso de gordura corporal. É mais comum em pacientes com sobrepeso ou obesidade”, detalha.

Quando não tratado, o diabetes pode comprometer órgãos vitais e causar danos sérios à saúde. “A hiperglicemia persistente pode causar lesões nos rins, nos olhos, nos nervos e no coração. É uma das principais causas de insuficiência renal, amputações e cegueira, além de aumentar muito o risco de infarto e AVC. Por isso, o controle rigoroso é fundamental”, alerta a endocrinologista.

A prevenção e o diagnóstico precoce são aliados importantes para evitar complicações. “O primeiro tratamento sempre será a mudança do estilo de vida. Isso inclui uma alimentação saudável, pobre em farinhas e doces, rica em frutas e verduras, e a prática regular de atividade física. Com a perda de peso e a redução da gordura corporal, a insulina volta a agir melhor no organismo, ajudando a controlar a glicemia”, orienta.

Dra. Priscila também destaca o avanço da medicina no tratamento da doença. “A  cada dia surgem novos medicamentos, como as canetas que ficaram conhecidas por auxiliar no emagrecimento, mas foram desenvolvidas originalmente para tratar o diabetes tipo 2. Esses medicamentos são muito eficazes no controle da glicemia e na perda de peso. E o futuro é promissor, com novos tratamentos ainda mais potentes previstos para 2026”, ressalta.

Consciente de que informação é o primeiro passo para a prevenção, a médica reforça que o Dia Mundial do Diabetes é mais do que uma data simbólica, é um chamado à ação. “Precisamos falar sobre o diabetes, sobre os sintomas, o rastreamento e o cuidado diário. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores são as chances de controlar a doença e viver com qualidade”, conclui.

Fundação São Francisco Xavier

A Fundação São Francisco Xavier é uma entidade filantrópica que atua desde 1969 e conta com cerca de 6.200 colaboradores. Atualmente, administra duas unidades hospitalares, sendo o Hospital Márcio Cunha com cerca de 70% dos atendimentos pelo SUS, em Ipatinga, e o Hospital Municipal Carlos Chagas com 100% dos atendimentos pelo SUS, em Itabira (MG).

As unidades hospitalares têm uma gestão marcada pela responsabilidade, pela oferta de atendimentos de excelência e pelas melhores práticas de segurança. Além das unidades hospitalares, a Fundação é responsável por administrar a operadora de Planos de Saúde Usisaúde, que possui mais de 200 mil vidas, o Centro de Odontologia Integrada, que mantém os melhores indicadores de saúde bucal já divulgados no Brasil, e o Serviço de Segurança do Trabalho, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente – Vita, que soma mais de 160 mil vidas sob sua gestão.

Na área educacional, o Colégio São Francisco Xavier, unidade precursora localizada em Ipatinga, é referência em Educação na região, com cerca de 2 mil alunos, da educação infantil à formação técnica.

 

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