PONTE QUEIMADA: Prefeito de Marliéria assina a Ordem de Serviço para início das obras
MARLIÉRIA – Conforme publicação com exclusividade do JBN no último dia 23 de setembro, dando conta da liberação e pagamento da Emenda Especial do Governo Federal, de R$ 1.160.074,31, recurso destinado para a reforma geral da Ponte Queimada, nos limites de Pingo D’água e Marliéria, nesta quarta-feira (1/10), o prefeito Hamilton Lima, da cidade de Marliéria (MG), na presença dos vereadores da Câmara de Marliéria, assinou a Ordem de Serviço (OS) para início imediato das obras.
O objeto do Processo Licitatório 10/25 – Concorrência Eletrônica 01/25, é a manutenção geral da Ponte Queimada, que se prevê a substituição do tabuleiro de madeira (assoalho, rodeiros e guarda-rodas), e a instalação de guarda-corpo.
Os serviços a serem executados serão iniciados a partir da cabeceira da ponte em Pingo D’Água, ou seja, fora do perímetro do Parque Estadual do Rio Doce (PERD), onde também deverá ser instalado o canteiro de obras e depositados os dormentes deteriorados.
“O prefeito Hamilton Lima, com a assinatura da Ordem de Serviço, juntamente com a Câmara de Vereadores, escreve o seu nome na história da Ponte Queimada, equipamento considerado um patrimônio histórico”
Por telefone, o representante da empresa MDP CONSTRUÇÃO CIVIL LTDA, de nome Moisés, disse à reportagem do JBN, que em contato com o prefeito, toda a logística para início das obras está sendo preparada. Segundo ele, é compromisso da empresa aproveitar ao máximo a mão de obra dentro das cidades envolvidas na reforma.
Tanto a Prefeitura de Marliéria, quanto a experiente empresa MDP CONSTRUÇÃO CIVIL LTDA, garantem que a obra com previsão para 60 dias, não possuirá atividades com relevante impacto para a unidade de conservação ou para o curso d’água. Da mesma forma, não haverá movimentação de terra ou obras de alvenaria significativas que possam gerar sedimentos.
História da Ponte Queimada
Com cerca de 200 metros de extensão, a Ponte Queimada atravessa o rio Doce em um dos limites do Parque Estadual do Rio Doce, servindo como acesso estratégico tanto para visitantes quanto para veículos de salvamento e combate a incêndios.
Sua origem remonta aos séculos XVIII ou XIX, tendo passado por uma reconstrução na década de 1930 que preservou suas características originais, com pilares de concreto, estrutura em ferro e piso de madeira.
Além da função prática, a ponte é um símbolo histórico e turístico da região, que reúne a beleza cênica do rio Doce com a exuberância da Mata Atlântica. Contudo, a degradação estrutural limitou o tráfego nos últimos anos, culminando em sua interdição total após um incêndio criminoso em agosto de 2023, que destruiu cerca de 10 metros da travessia.
Agora, com os recursos assegurados e a obra prestes a começar, a restauração da Ponte Queimada representa não apenas a solução para problemas de mobilidade, mas também a revitalização de um patrimônio histórico, ambiental e turístico de toda a região.