terça-feira, maio 6, 2025
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Hospital Márcio Cunha divulga orientações de prevenção à Síndrome Respiratória

IPATINGA – Minas Gerais vive um momento crítico de saúde pública devido ao crescente número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Até o final de abril deste ano, foram registradas mais de 26.800 internações e 397 mortes e as autoridades de saúde do estado decretaram situação de emergência.

O pediatra e oncologista pediátrico, Dr. Lucas Teiichi, coordenador da pediatria do Hospital Márcio Cunha (HMC) explica o que é a SRAG e orienta sobre as medidas preventivas essenciais para enfrentar esse surto.

“A Síndrome Respiratória Aguda Grave é uma complicação grave das infecções virais, que, no contexto pediátrico, é frequentemente causada por vírus como o Respiratório Sincicial (VSR), influenza A e B, além da COVID-19. É caracterizada por dificuldades respiratórias e queda nos níveis de oxigênio, podendo evoluir rapidamente para complicações fatais, especialmente em crianças e idosos”, detalha.

De acordo com o pediatra, as crianças com condições preexistentes, como doenças respiratórias crônicas, asma ou imunossupressão, apresentam maior risco de evolução para a SRAG. “Essas crianças têm maior risco de evoluir com suas infecções virais para síndrome respiratória e aguda grave. Com isso, aumenta-se a procura pelos serviços de urgência em pediatria e a lotação dos serviços de terapia intensiva pediátrica “, explica.

Dr. Lucas alerta para a importância de cuidados preventivos, especialmente entre as crianças, grupo que está mais vulnerável à SRAG. “Primeira coisa é reforçar os cuidados de higienização, a lavagem correta e frequente das mãos e orientá-las que evitem levar as mãos e objetos da boca. Além disso, é importante que, caso as crianças apresentem sintomas gripais, não as levar para creche ou escola até a sua completa resolução. O cuidado deve ser redobrado com as crianças que apresentam condições de maior risco, como as imunossuprimidas, as asmáticas e aquelas que têm outras condições respiratórias previamente conhecidas, evitando o contato com pessoas com sintomas gripais”, destaca.

O pediatra do Hospital Márcio Cunha reforça, ainda, a necessidade de manter o calendário vacinal em dia, incluindo a vacina contra a gripe. “Manter as vacinas em dia é uma das formas mais eficazes de prevenir infecções respiratórias graves”, afirma o especialista.

Quando procurar ajuda médica

O médico explica é importante observar os sinais para saber quando é necessário procurar ajuda. “Os sinais de alerta para evolução para um quadro grave incluem febre alta, sonolência intensa, dificuldade para respirar, chiado no peito, sensação de falta de ar, dificuldade para amamentar ou pele arroxeada. Nestes casos, é fundamental procurar imediatamente um centro de urgência pediátrica”, alerta.

Para as crianças com sintomas leves, como febre baixa, congestão nasal ou tosse, o ideal é mantê-las em casa, com repouso e hidratação adequada. “Evitar idas desnecessárias aos serviços de urgência é essencial, pois essas unidades estão sobrecarregadas, e eleva o risco de maior exposição a outras doenças”, alerta Dr. Lucas.

Dr. Lucas explica que, atualmente, não existem medicamentos específicos para infecções virais. “É fundamental que as crianças sejam mantidas bem hidratadas e descansando para que o organismo tenha forças para combater o vírus”, ressalta.

No último sábado, o Hospital Márcio Cunha (HMC), divulgou através de suas redes sociais que a unidade está operando com sua capacidade máxima e tem se empenhado em fornecer atendimento de qualidade tanto para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto de convênios. O HMC informou que está mobilizando todos os seus recursos para enfrentar este surto e garantir assistência adequada à população.

O hospital destaca que, apesar do aumento de casos e da sobrecarga nos serviços, está comprometido com a segurança e a qualidade no atendimento. Em sua nota oficial, o HMC pediu compreensão e colaboração da comunidade para superar este momento difícil.

A prevenção à SRAG requer o esforço conjunto da sociedade. Além das orientações médicas, é fundamental que cada cidadão contribua para a redução da propagação do vírus, respeitando as medidas de higiene, a vacinação e evitando o contato com pessoas doentes, especialmente aquelas em grupos de risco. “O importante neste momento é garantir uma boa hidratação e repouso para aquelas crianças com sintomas leves. Para aquelas que apresentam condições clínicas alteradas, é recomendada a procura imediata por um serviço de urgência em pediatria mais próximo. Com a colaboração de todos, iremos superar, mais uma vez, esse momento da saúde em nosso estado”, pontua Dr. Lucas Teiichi.

Hospital Márcio Cunha

Hospital geral de alta complexidade completando 60 anos de atuação em 2025. Possui 558 leitos e três unidades, sendo uma unidade exclusiva para o tratamento oncológico. Atende a uma população de mais de 1,6 milhão de habitantes de 87 municípios de Minas Gerais e conta com cerca de 500 médicos em 58 especialidades, com prestação de serviços nas áreas de ambulatório, pronto-socorro, medicina diagnóstica, ensino e pesquisa, terapia intensiva adulta, pediátrica e neonatal, urgência e emergência, terapia renal substitutiva, alta complexidade cardiovascular, oncologia adulto e infantil, entre outros. No último ano, foram cerca de 5.200 partos realizados no HMC, cerca de 36 mil internações, mais de 18 mil cirurgias, mais de 44 mil sessões de hemodiálise. Na unidade de oncologia, foram mais de 18 mil sessões de radioterapia e cerca de 33 mil sessões de quimioterapia.

O HMC foi o primeiro hospital do país a ser acreditado em nível de excelência (ONA III), pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). Além disso, está classificado pela revista norte-americana Newsweek entre as melhores unidades hospitalares do Brasil, sendo o 6º em Minas Gerais e 27º melhor do país.

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