Aperam fortalece frente contra incêndios florestais no Vale do Aço. Iniciativas incluem aceiros e monitoramento diário

TIMÓTEO – A Aperam mantém um trabalho contínuo e estruturado de prevenção e combate a incêndios florestais em Timóteo e em toda a região do Vale do Aço. Somente em 2025, foram implantados 66 quilômetros de aceiros – faixas de terreno limpo, com cerca de 10 metros de largura, que funcionam como barreiras físicas para impedir a propagação do fogo.
Essas estruturas desempenham um papel fundamental para proteger tanto as áreas de preservação ambiental quanto as comunidades vizinhas. “Em locais onde as residências estão muito próximas da vegetação, os aceiros são indispensáveis. Eles evitam que o fogo avance, garantem a segurança das famílias e, ao mesmo tempo, preservam o meio ambiente”, explica Bruno Serafim, gerente de Patrimônio da Aperam.
A empresa também mantém 44 km de estradas internas, que facilitam o deslocamento e a mobilidade das equipes. Por elas circulam diariamente quatro monitores, responsáveis por rondas preventivas e pela contenção imediata de pequenos focos, usando abafadores e outros equipamentos. “Uma atuação rápida pode ser decisiva nessas horas, evitando que o fogo se propague ainda mais”, frisa Bruno.
Ao todo, a força-tarefa da Aperam conta com 22 brigadistas, um caminhão de combate a incêndio com mangueiras frontais, laterais e traseiras de até 300 metros e veículos adaptados para acessar áreas de difícil alcance. Em situações mais críticas, a estrutura é reforçada com seis caminhões-pipa e 30 brigadistas adicionais da Usina de Timóteo, e também conta com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais.
Graças a essas medidas e a condições climáticas mais amenas, em 2025 não foram registrados focos de incêndio nas áreas monitoradas pela Aperam. Em 2024, foram identificados e controlados oito focos.
Educação ambiental
A Aperam acredita que a prevenção começa com a educação. Desde 1993, mantém o Centro de Educação Ambiental Oikós, uma área de 989 hectares de Mata Atlântica preservada em Timóteo, que abriga nascentes e uma rica biodiversidade. O espaço recebe escolas e crianças de toda a região do Vale do Aço para atividades voltadas à preservação ambiental. Somente em 2025, mais de 600 alunos participaram de vivências no Oikós, aprendendo sobre conservação da natureza, práticas sustentáveis e também sobre prevenção e combate a incêndios florestais.
Queima controlada, queimada e incêndios florestais
A queima controlada, também chamada de queima prescrita, é o uso planejado do fogo com autorização dos órgãos ambientais, aplicada em situações específicas de manejo florestal ou agrícola, como preparo do solo, formação de pastagens e controle de pragas. É uma prática legal e regulamentada que também ajuda a reduzir o acúmulo de material combustível (galhos, folhas secas e capim alto) e o risco de incêndios.
Já a queimada, embora muitas vezes tenha a mesma finalidade, está associada à queima ilegal, feita sem autorização nem cuidados técnicos. Por isso, representa um risco elevado, pois pode facilmente sair do controle e transformar-se em um incêndio florestal. Este, por sua vez, acontece quando o fogo se alastra de maneira descontrolada sobre a vegetação, trazendo sérios riscos ao meio ambiente, à saúde das pessoas e à economia. Pode ser provocado por ação criminosa, acidentes ou causas naturais, como raios.
Responsabilidade coletiva
A campanha de combate a incêndios “Onde há fogo fora de controle, há destruição. Preserve, não destrua” é uma iniciativa da Fiemg Regional Vale do Aço, Aperam, Cenibra e Usiminas, por meio do grupo técnico de Comunicação Corporativa do Conselho Estratégico da entidade.
O objetivo é alertar a população urbana e rural sobre os danos causados pelos incêndios florestais e os impactos ambientais, sociais e econômicos, além dos riscos à saúde humana. Reforçando que queimada ilegal é crime ambiental. E quem provoca, coloca vidas em perigo. Em caso de incêndios florestais, acione o Corpo de Bombeiros – telefone 193.