segunda-feira, outubro 7, 2024
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Ex-vereadora e dirigente do Sind-UTE critica a política educacional de Zema na tribuna da CMCF


Fabriciano – A dirigente do Sind-UTE subsede de Coronel Fabriciano-Timóteo, professora Conceição Monteiro, participou nesta semana (terça-18) da “Tribuna Popular” da Câmara Municipal, oportunidade em que explanou sobre a luta dos trabalhadores em Educação da rede estadual de ensino.

A categoria encontra-se em greve desde o dia 11 por tempo indeterminado. Segundo a professora, os trabalhadores em educação lutam contra os ataques do governo Zema que visam o desmonte da Educação Pública Estadual. “Em suas primeiras medidas ficou clara a intenção de diminuir a oferta de vagas na rede estadual e precarizar as condições de trabalho, com o fechamento de mais de 80 mil vagas no tempo integral e que até o momento não foram totalmente retomadas; fusão e fechamento de turmas, superlotando as salas de aula e demissão de milhares de trabalhadores da educação”, enfatizou.

“Isso tudo tem impacto direto e negativo sobre os alunos, que frequentam, por exemplo, salas superlotadas, sem recursos suficientes para que as aulas sejam desenvolvidas de maneira mais adequada e para que o aprendizado realmente aconteça”, diz Monteiro.

Conceição Monteiro falou na oportunidade da municipalização e fechamento de escolas estaduais em Fabriciano.  Ela criticou o processo de elaboração do Plano de Atendimento para 2020, que reduziu vagas em várias escolas da região, bem a como a política de diminuição de matrículas implementadas pela Secretaria de Estado da Educação, através do sistema eletrônica de matrículas, “um verdadeiro desrespeito com as comunidades escolares e com os profissionais da educação, gerando grande desorganização em todas as escolas da rede estadual”, denuncia.

Conceição Monteiro também salientou que muitos trabalhadores em educação ainda não receberam o 13º salário e que os reajustes do Piso Salarial não foram aplicados.

Isonomia

Outro assunto tratado pela dirigente do Sind-UTE foi a luta da categoria pela isonomia salarial a todas as carreiras do funcionalismo, após o governador Zema apresentar, por meio do Projeto de Lei 1.451/2020, uma política de reajuste remuneratório apenas para os servidores da Segurança Pública, deixando mais de 80% do serviço público sem qualquer perspectiva de atualização dos vencimentos. Segundo ela, a deputada Beatriz Cerqueira apresentou Emenda ao PL estendendo o reajuste para o conjunto dos servidores do Estado, a qual foi aprovada pela Assembleia Legislativa na quarta-feira (19).

De acordo com a coordenação do Sind-UTE/MG, “diante do resultado dessa votação, reafirmamos a essencialidade de seguirmos na mobilização de greve para que o governo abra um canal de diálogo e efetiva negociação. Essa vitória só foi possível porque foi construída coletivamente”.

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