quinta-feira, abril 25, 2024
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SES-MG apresenta Plano de Preparação e Resposta ao Período Chuvoso

Redação – Diante dos desafios e da realidade de enfrentamento à pandemia da covid-19, aliada ao histórico de desastres relacionados ao período chuvoso em Minas Gerais, o Governo do Estado apresenta o Plano de Preparação e Resposta ao Período Chuvoso 2020–2021, elaborado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), com apoio do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), em consonância com o Marco de Sendai, para definir métodos de redução dos riscos de catástrofes.

O plano prevê ações de fortalecimento dos serviços públicos para orientar, definir e organizar ações que evitem e/ou minimizem os danos à saúde, provocados pelas chuvas excessivas, conter a disseminação, especialmente do novo coronavírus, e também de outros tipos de agentes infecciosos comuns nesse período. Com vigência entre os meses de outubro de 2020 a março de 2021, o plano pode ser alterado de acordo com o prolongamento do período de chuvas, mudanças do cenário provocado pela pandemia pelo SARS-COV-2 ou empregado para eventos súbitos fora do período estabelecido.

A necessidade de preparar os serviços de saúde do Estado é de fundamental importância para organizar as ações e as atividades a serem devolvidas no território. “O planejamento garante a articulação entre os municípios e o Estado de maneira eficiente, o que nos ajuda, enquanto gestores, a entender melhor as necessidades locais para garantir apoio adequado e a redução dos danos”, enfatiza Carlos Eduardo Amaral, secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais.

Os danos à saúde são os resultados mais agressivos que os desastres podem provocar. Por isso, pontua Ângela Ferreira Vieira, diretora de Vigilância em Alimentos e Vigilância Ambiental da SES-MG, “é dever do SUS se munir de estratégias que o tornem capaz de agir na preparação e na resposta frente aos eventos adversos do período chuvoso, oferendo um tratamento digno aos afetados. O Plano é uma importante ferramenta com diretrizes e normas necessárias para que o setor de saúde possa se organizar de maneira antecipada em nosso estado”, reforça.

No primeiro momento, no nível estadual, as ações serão no sentido de preparar as estruturas e orientar os municípios. No âmbito da Atenção Primária, serão divulgados protocolos para instruir e subsidiar os municípios nas ações locais; a Urgência e Emergência, será alinhada com o CBM-MG para o transporte aéreo de equipe e materiais para os municípios distantes e/ou comunidades ilhadas; na Saúde Mental, serão feitos diagnósticos da Rede de Saúde mental, e emitida nota técnica com orientações de acolhimento da população pós-ocorrência; no setor de Assistência Farmacêutica, vão ser estabelecidos fluxos para o envio, avaliação da necessidade e reposição de medicamentos; na Vigilância em Saúde, as ações incluem criação e divulgação de protocolos de orientação para os profissionais de saúde municipais, vigilância sanitária em abrigos municipais, com plano especial para não haver aglomeração, estabelecimento de protocolos vacinais, preparação e adequação da Rede de Frio e verificação da capacidade de suporte laboratorial.

A resposta de saúde divide-se em duas fases: resposta imediata, que envolve a busca, o resgate e a primeira assistência de saúde aos atingidos. E resposta tardia, que concentra na reabilitação da saúde da população, no restabelecimento dos programas de rotina e na atenção no bem-estar da população atingida.

Balanço

No último período chuvoso (2019/2020), de acordo com o Boletim Estadual de Proteção e Defesa Civil nº 86, de 26 de março de 2020, foram registrados um total de 196 municípios em Situação de Emergência decretados pelo Estado. Outros 73 municípios que não estavam incorporados nos decretos do Estado, decretaram Situação de Emergência, totalizando 269 municípios em situação de anormalidade, o que equivale a cerca de 32% dos municípios mineiros.

Em Minas Gerais, há cidades inteiras que são construídas em regiões íngremes e próximas às margens de rios, muitas vezes dentro da área da planície de inundação, o que as tornam mais vulneráveis e suscetíveis às ameaças.

As macrorregiões mais atingidas do Estado são a Centro, Leste, Leste do Sul, Vale do Aço e Sudeste, compreendendo as Bacias do Rio Doce, São Francisco e Paraíba do
Sul.

Ainda segundo o Boletim Estadual de Proteção e Defesa Civil nº 86, foram contabilizados 73 óbitos relacionados ao período chuvoso de 1 de outubro de 2019 até 25 março de 2020.
Ao analisar o intervalo de 24 de janeiro até 25 de março de 2020, foram registrados 5.532 desalojados, 2.307 desabrigados e 81 feridos. Estas informações se referem a óbitos imediatos, porém há outras causas de óbitos que aumentam em decorrência das chuvas, como a leptospirose, a dengue, a hepatite A, diarreia e gastroenterite de origem infecciosa presumível.

Clique aqui para fazer o download do Plano de Preparação e Resposta ao Período Chuvoso 2020–2021

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