Agressão a jornalistas ofende Constituição e democracia, dizem ministros do STF
Redação – Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) disseram lamentar a agressão física e verbal que os profissionais do jornal O Estado de São Paulo – o fotógrafo Dida Sampaio, o motorista do jornal Marcos Pereira e os repórteres Julia Lindner e André Borges – sofreram de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, em frente ao Palácio do Planalto, enquanto realizavam a cobertura jornalística do evento neste domingo.
A ministra Cármen Lúcia afirmou que “quem transgride e ofende a liberdade de imprensa, ofende a Constituição, a democracia e a cidadania brasileira”. Segundo Cármen Lúcia, isso “significa atuar de maneira inconstitucional”.
Outro ministro do STF, Gilmar Mendes, afirmou que “a agressão a jornalistas é uma agressão à liberdade de expressão e uma agressão à própria democracia”. “Isso tem que ficar claro”, completou.
Cármen Lúcia e Gilmar Mendes participam de transmissão ao vivo pela internet promovida pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).
O ministro Alexandre de Moraes afirmou que o episódio deve ser repudiado “pela covardia do ato e pelo ferimento à Democracia e ao Estado de Direito”.
“As agressões contra jornalistas devem ser repudiadas pela covardia do ato e pelo ferimento à Democracia e ao Estado de Direito, não podendo ser toleradas pelas Instituições e pela Sociedade”, disse Moraes em postagem no Twitter.
O também ministro do STF, Luís Roberto Barroso, defendeu a liberdade de imprensa e o jornalismo profissional como forma de combater o “ódio, a mentira e a intolerância”.
“Dia da liberdade de imprensa. Mais que nunca precisamos de jornalismo profissional de qualidade, com informações devidamente checadas, em busca da verdade possível, ainda que plural. Assim se combate o ódio, a mentira e a intolerância”, postou Barroso em uma rede social.
Fonte: Estadão Conteúdo