sexta-feira, agosto 8, 2025
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Enfermeira fala de Luith no presídio. Acusados da morte de Caio Domingues recebem sentença nesta sexta-feira

TIMÓTEO – Segue nesta sexta-feira (8) no Fórum da Comarca de Timóteo (MG), o terceiro dia da sessão de julgamento de Luith Silva Pires Martins e João Victor Bruno Coura de Oliveira, acusados de envolvimento na morte de Caio Campos Domingues, fato ocorrido em abril de 2023, na localidade do Quilombo, área rural da cidade de Jaguaraçu.

A sessão de julgamento iniciada quarta-feira (6), seguiu ao longo desta quinta-feira (7) ouvindo testemunhas. Dois depoimentos impactantes foram do irmão de Luith, João Glauceste da Silva, e da enfermeira responsável pelo atendimento às internas do presídio de Timóteo. 

O irmão de Luith Silva Pires Martins foi categórico em afirmar que Caio Domingues era sim muito violento, fato que afastava a família de relacionar com ele.

Já a enfermeira Laudiceia, do Presídio Feminino de Timóteo, onde Luith está detida desde 2023, afirmou em depoimento, que a ré mantém uma postura tranquila, colaborativa e respeitosa com outras presas e com a equipe técnica. A enfermeira contou ainda, que Luith Martins Pires confidenciou a ela ter vivido um relacionamento marcado por violência. “Ela dizia que apanhava, e que vivia um relacionamento agressivo. Contava que Caio amanhecia colocando arma na cabeça dela”, revelou.

Por fim, Laudiceia revelou que Luith demonstra tristeza por não ter contato com os filhos desde que foi detida. “Ela diz que nunca conseguiu conversar pessoalmente com eles e que sente muita vontade de abraçá-los”.

A defesa de Luith Silva Pires Martins, está composta pelos advogados Lorena Iara Vidal Santos, Larissa Alves de Oliveira, Heraldo Maria de Oliveira, Caio Barbosa Ulhôa e José Constantino Filho Coronel.

O réu João Victor é defendido pelos advogados Flaviano Dueli de Souza e César Junio.

A acusação dos réus estão os promotores de Justiça Frederico Duarte Castro e Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, e os assistentes de acusação, advogados Ignácio Luiz Gomes de Barros Júnior, Marina Suda e Isla Karoline.

A sessão é presidida pela juíza Marina Souza Lopes Ventura Aricodemes.

Neste terceiro dia de julgamento, várias testemunhas de defesa e acusação foram ouvidas. Os réus também passaram por longo interrogatório. A sessão está sendo marcada por momentos de tensão e contradições nos relatos, com destaque para o confronto entre as versões apresentadas em juízo e os depoimentos colhidos na fase de investigação.

Nesta sexta-feira (8), a partir das 9h, estão previstos os debates e argumentações entre defesa e acusação. A tão esperada sentença está com previsão de sair por volta das 20h.

Ministério Público

O Ministério Público afirma que Luith Pires, ex-esposa da vítima, teria planejado minuciosamente o homicídio para se beneficiar financeiramente. O motivo seria o acúmulo de dívidas e a negativa de Caio em quitá-las. Para executar o plano, ela teria prometido R$ 10 mil a João Victor. O MP destaca que ela [esposa] mantinha contato com João Vitor por cerca de seis meses.

A acusação sustenta que Luith dirigiu o veículo até o local combinado, onde João Victor aguardava escondido. Caio foi surpreendido com disparos enquanto ainda estava com o cinto de segurança afivelado. Após o crime, os réus teriam tentado simular um latrocínio, forjando o roubo de uma bicicleta para sustentar a versão de um assalto — história inicialmente apresentada por Luith à polícia, o que foi desmentindo durante o processo de investigação.

Nas proximidades do Fórum segue a mesma movimentação do início do julgamento. O sistema de segurança e a organização de entrada e saída de pessoas do prédio do Fórum continua restrito. O JBN segue acompanhando a sessão, com a expectativa de leitura da sentença nesta sexta-feira, por volta das 20h.

 

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