Secretária de Educação de Timóteo confirma o início da Escola Cívico-Militar 2026, no Limoeiro

TIMÓTEO – Com a presença de apenas dois dos quinze vereadores, a Comissão de Educação da Câmara de Timóteo se reuniu, na última sexta-feira (05), com representantes da secretaria municipal de Educação para tratar de questões que influenciam no funcionamento da educação municipal no próximo ano. Entre os assuntos esclarecidos pela secretária de Educação, France-Jane Pereira estavam a implantação do modelo cívico-militar nas escolas de Timóteo, o calendário escolar 2026 e saldo para rateio dos recursos do Fundeb. A reunião da Comissão foi no formato audiência pública de convidados, com a participação do presidente da Comissão, vereador Professor Diogo, do membro titular Omar Onraca, além da secretária France-Jane e outros representantes da educação municipal.
Os membros da Comissão reforçaram a necessidade de aprimorar a transparência e a organização interna da Educação, com fluxos claros e padronizados para garantir eficiência e melhor atendimento à população. France-Jane apresentou o calendário escolar do próximo ano que segue a lei estadual. O ano letivo terá os 200 dias letivos obrigatórios, 30 dias de férias e 30 de recesso. As aulas se iniciam dia 5 de fevereiro com término dia 18 dezembro. O kit escolar será entregue nos últimos dias de janeiro. A secretária informou que a definição do calendário foi feita com a participação dos profissionais da Educação das escolas e do sindicato da categoria.
Fundeb sem rateio 2025 e 2026
Diogo também perguntou se há valor residual do Fundeb para rateio entre os profissionais da Educação. France-Jane afirmou que não há esclareceu os motivos. “Hoje não temos saldo para rateio, porque tivemos projetos inovadores como a contratação de um professor tecnicamente especializado para cada turma onde se tem a demanda de alunos neuro divergentes, por exemplo. Temos hoje ainda outra questão que também usou os recursos como o grande número de professores afastados, de licença médica. e temos que contratar substitutos, isso afeta o orçamento, afeta ter ou não saldo. Também temos a questão do auxiliar de creche que precisaria cumprir o horário da creche de 40 horas, mas o concurso é para somente 30 horas. E aí também precisamos contratar mais auxiliares para suprir esse gargalo de horas. Então colocando na ponta do lápis, esses gastos fazem diferença”, observou France-Jane.
Sobre o planejamento dos recursos para o ano que vem, a secretária informou que será direcionado para obras de infraestrutura nas escolas como a troca de telhado, reforma do banheiro e da quadra da escola do Limoeiro, que também precisa de um parque infantil, uma arquibancada, um local adequado para a biblioteca. “Isso é emergencial, além da demanda de outras escolas como a do Ana Moura que quando chove, enche de água. Então são várias escolas pedindo socorro, então esse recurso vai ser reprogramado especialmente para essas melhorias”, contou.
Escola Cívico-Militar na Escola Limoeiro
A equipe técnica da secretaria apresentou ainda a proposta de implementação do modelo de Escola Cívico-Militar (ECIM) em Timóteo. A secretária France-Jane destacou que o ensino permanece sob responsabilidade dos profissionais civis, enquanto militares atuam no apoio à disciplina, organização e gestão escolar. Que o currículo base continua o mesmo. Entre as práticas previstas estão o uso de uniforme, hasteamento diário da Bandeira Nacional e formaturas previstas no Projeto Valores.
A escola cívico-militar se baseia numa gestão onde há a presença também de militares, além dos civis e educadores, em escolas públicas, nas etapas de ensino fundamental. O presidente da Comissão de Educação fez algumas críticas ao modelo e alertou para que um projeto fosse enviado à Câmara o quanto antes, devido ao final do ano, para que a proposta possa ser discutida e votada a tempo no Legislativo. Diogo perguntou como a escola do Limoeiro foi escolhida para ser a primeira a receber o novo modelo educacional, que já iniciará em 2026.
“Nas ruas o que a gente mais ouviu nesses meses foi o desejo de uma escola assim. Elas querem uma escola assim, vislumbrando um cenário melhor e a Regional 7 foi a que mais mostrou esse anseio. Também percebemos que o Limoeiro sofria de descaso, de desprezo. Mães estavam levando os filhos para outras escolas e hoje com o anúncio da implantação desse modelo sendo possível, há o retorno desses alunos. Antes havia pedidos de remoção dos profissionais para outras escolas, hoje temos o movimento inverso, graças à Deus”, disse France-Jane.
O vereador Omar Onraca pontuou que é a favor do modelo cívico-militar. “Façam da forma correta o processo burocrático para a implantação desse modelo nas escolas, para que ele possa acontecer, eu sou a favor já digo aqui! Eu bem sei que as comunidades querem sim esse modelo nas escolas”, ressaltou Onraca.
Ao final, a Comissão de Educação reafirmou que continuará acompanhando os temas discutidos e aguardando as informações solicitadas, reforçando o compromisso do Legislativo com transparência, fiscalização e qualidade das políticas públicas de educação.
