quinta-feira, julho 10, 2025
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“Militarização de escolas”: Primeiras assembleias em escolas do Vale do Aço dizem “Não” à militarização

TIMÓTEO – O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) decidiu em assembleia da categoria fazer a resistência à militarização de cerca de 700 escolas estaduais. O chamado programa de escolas cívico-militares imposto pelo governo mineiro estabeleceu o prazo até o dia 18/7 para que as escolas selecionadas apresentem sua Manifestação de Interesse. No Vale do Aço algumas escolas já realizaram a assembleia e decidiram pela rejeição à militarização como é o caso da E.E João XXIII e Canuta Rosa, em Ipatinga; e E.E Herbert José de Souza Betinho, em Santana do Paraíso.

E.E Herbert José de Souza Betinho, em Santana do Paraíso, disse ‘NÃO’ a Militarização

ESCOLA NÃO É QUARTEL

Para o Sind-UTE/MG, a “escola pública é lugar de ensino e aprendizagem, com professores e funcionários valorizados, liberdade de expressão e compromisso com a qualidade do aprendizado – não um palco para manutenção de tropa. Contratar policiais ou militares aposentados, remunerados acima dos educadores, desvia recursos essenciais para concurso público de docentes, pedagogos e demais servidores concursados”, diz resolução da entidade.

Para o Sindicato, a verdadeira melhoria da educação passa por fortalecer equipes pedagógicas, garantindo tempo e condições materiais para orientação de estudantes, familiares e colegas;

realizar concursos regulares para todas as carreiras da educação; promover valorização salarial e formação continuada.

RAZÕES

Em sua decisão de rejeitar as escolas cívico-militares, o Sind-UTE elenca uma série de motivos. Entre eles, afirma que a escola existe para formar jovens críticos, autônomos e conscientes. “Esses valores são apreendidos onde há diálogo, respeito às diferenças e incentivo à criatividade, não sob regulamentos de corte de cabelo, uniformes rígidos e punições inspiradas em quartéis”.

O Sindicato afirma ainda que o programa é uma “cortina de fumaça sobre os efeitos da política de desvalorização da Educação em MG e que coloca em xeque sua qualidade. A resposta do governo foi desviar recursos para gratificações de militares aposentados, em vez de investir em infraestrutura e valorização dos profissionais”.

SEGURANÇA

O Sind-UTE contesta ainda o argumento de que o programa traz mais segurança às escolas públicas. “Não melhora segurança, apenas criminaliza a juventude. A presença de ex-policiais dentro da escola reforça a lógica punitivista. Na verdade, a militarização amplifica preconceitos e violações de direitos, já documentadas em casos de agressão, ameaças, censura e assédio em unidades cívico-militares.

Por fim, o Sindicato afirma que o programa de militarização é inconstitucional e alvo de ações judiciais. “O Ministério Público Federal considerou ilegais as escolas cívico militares que não encontram fundamentos legais, nem na Lei de Diretrizes e Bases da Educação e nem na Constituição”.

AÇÕES

Entre as deliberações da Assembleia Geral está a de dialogar com a comunidade escolar e a sociedade para explicar o verdadeiro conteúdo do programa de militarização e suas consequências.  Sindicato vai promover visitas e debates nas escolas ameaçadas pela militarização, audiências e aulas públicas, lives e o acompanhamento regionalizado da situação.

Escolas selecionadas para a militarização na jurisdição da Superintendência Regional de Ensino de Coronel Fabriciano:

IPATINGA

  • E.E Geraldo Gomes Ribeiro
  • E.E Laura Xavier Santana
  • E.E Professora Elza de Oliveira Lage
  • E.E João Walmick
  • E.E Doutor Ovídio de Andrade
  • E.E Almirante Toyoda
  • E.E Engenheiro Márcio Aguiar da Cunha
  • E.E Dom Helvécio
  • E.E Nilza Luzia de Souza Butta
  • E.E Dona Canuta Rosa Oliveira Barbosa
  • E.E João XXIII
  • E.E Selim José de Salles

TIMÓTEO

  • E.E Professora Ana Letro Staacks
  • E.E São Sebastião

CORONEL FABRICIANO

  • E.E Doutor Geraldo Perlingeiro de Abreu
  • E.E Professor Pedro Calmon
  • E.E Doutor Joaquim Gomes da Silveira Neto

SANTANA DO PARAÍSO

  • E.E Antônio Luiz
  • E.E Albertino Ferreira Drumond
  • E.E Herbert José de Souza Betinho

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Um comentário sobre ““Militarização de escolas”: Primeiras assembleias em escolas do Vale do Aço dizem “Não” à militarização

  • LAMENTÁVEL O COMPORTAMENTO DESSA ESQUERDALHA MALDITA. PREFEREM APANHAR DE ALGUNS ALUNOS, VER A ESCOLA SER RODEADA POR MARGINAIS E DESTRUIR A QUALIDADE DO ENSINO A TER QUE ABRIR MÃO DESSA POLITICALHA. NAO PASSAM DE ESCÓRIA. ONDE A ESQUERDA TOCA, APODRECE.

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