A Associação dos Deficientes Visuais promove a inclusão e invoca maior sensibilidade das autoridades
TIMÓTEO – A Associação dos Deficientes Visuais de Timóteo (ADEVITA), responsável pelo gerenciamento do Centro de Referência em Educação Inclusiva Ativa (CREIA), recebeu autoridades do município para uma visita às dependências da entidade, na tarde da última quarta-feira (26/03). O encontro contou com a presença do prefeito de Timóteo Vítor Prado, das secretárias Luciene Souza (Assistência Social) e France Jane Pereira (Educação), alguns vereadores e representantes de entidades sociais.
O prefeito de Timóteo Vítor Prado declarou que o apoio à causa da inclusão deve ser contínuo. “As pessoas com deficiência passam a ter maior independência com o trabalho desenvolvido pela entidade que tem o desejo de crescer, de aumentar o número de beneficiados. Precisamos contar com mais parceiros em favor dessa causa”, afirmou o prefeito.
O presidente da ADEVITA, Alfredo Peri e a diretora Sandra Peri, falaram sobre a importância de formalizar novas parcerias com os vários segmentos da sociedade, para viabilizar a inclusão das pessoas com deficiência de forma mais efetiva. “A visita ao CREIA tem como objetivo impactar e sensibilizar os visitantes para o trabalho de ponta que é realizado na instituição, o único de Minas Gerais com múltiplas abordagens direcionadas ao trabalho com pessoas cegas e surdas”, disse Sandra.
O vice-presidente da ADEVITA, Josemar Araújo, foi perdendo a capacidade visual aos poucos devido ao acometimento de Glaucoma e atualmente usa a bengala verde para sinalizar sua baixa visão, condição de quem possui algum resíduo visual. Josemar falou sobre o desejo de implantar melhorias na instituição, como a construção de uma quadra de esportes, a aquisição de elevador para o acesso dos alunos ao piso superior e a necessidade urgente de ampliar o atendimento da ADEVITA para um maior número de alunos.
“Eu iniciei no esporte e, para poder participar, eu precisei habilitar a instituição para me inscrever nas competições. Em 2008, eu tirei excelentes notas no Enem com intenção de estudar Direito e ouvi do diretor da instituição educacional que eles não dispunham de estrutura para receber um aluno com baixa visão ou cego”, contou. “Ao lidar com inúmeras barreiras cresce o desejo de inclusão e a vontade de provocar mudanças que beneficiem as pessoas com deficiência”, reafirmou o vice presidente Josemar Araújo.
Os visitantes conheceram a sala de Braille, a sala da Oficina de Práticas Educativas Vida Independente, a cozinha onde os alunos aprendem sobre o preparo de alimentos, a sala de artesanato, o Jardim Sensorial, a sala de música, onde podem aprender violão, percussão, flauta, canto e ainda ouviram a apresentação da Banda da ADEVITA. Ao final da visita, foi servido uma farta mesa com guloseimas preparadas pelos alunos na cozinha da entidade.