quinta-feira, maio 2, 2024
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MPMG recomenda o banimento temporário das torcidas organizadas Galoucura e Máfia Azul dos estádios de todo o país

REDAÇÃO – O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) expediu hoje, 15 de março, Recomendação à Federação Mineira de Futebol para que seja aplicada medida educativa de banimento temporário, pelo período de um ano, das torcidas organizadas Galoucura e Máfia Azul dos estádios e do entorno dos estádios de todo o país nos dias de jogos, considerado como entorno o raio de cinco mil metros, perímetro de segurança e vinculação com o evento esportivo.

Segundo o documento, o banimento temporário deverá consistir na proibição do uso, porte e exibição de qualquer vestimenta, faixa, bandeira, instrumento musical ou qualquer objeto que possa caracterizar a presença da torcida nos estádios ou nos seus respectivos entornos nos dias de jogos.

O MPMG recomenda ainda a coibição, no interior dos estádios de futebol, do entoamento de cantos e similares que façam qualquer menção às torcidas organizadas Máfia Azul e Galoucura; a inserção, nos regulamentos de competições futuras, da obrigação dos clubes de proibir o entoamento desses cantos, sob pena de sanções disciplinares para os clubes, como ausência de público na partida seguinte ou outra conveniente para contenção da violência envolvendo eventos esportivos, ou ainda sanções pecuniárias, no caso de identificação de torcedores em eventos de violência relacionada ao ambiente desportivo nos dias de jogos.

O Clube Atlético Mineiro e o Cruzeiro Esporte Clube deverão divulgar e tomar providências para efetivar a proibição de entoamento de cantos e similares relacionados às torcidas Máfia Azul e Galoucura aos seus torcedores, por meio de seus canais habituais de divulgação, como redes sociais, comunicações internas, site e outros.

A Recomendação foi feita após uma escalada de violência entre as duas torcidas, acentuadas por eventos recentes, tendo um deles culminado na morte de um dos envolvidos e no ferimento de um transeunte, ambos atingidos por arma de fogo. Conforme o documento, as duas torcidas organizadas “não cumprem com sua finalidade associativa e proporcionam cenas de violência em ambientes públicos, colocando em risco a segurança da população. Os cantos entoados por tais torcidas restam por divulgar a marca de entidades notoriamente voltadas para a prática de violência nos estádios e entorno”.
Clique aqui e acesse o documento

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